quarta-feira, 27 de maio de 2015

Defensor participa de programa do governo dos EUA em política penitenciária


Um convite feito pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) para a participação no International Visitor Leadership Program - IVLP (Programa de liderança de visitante internacional), possibilitou ao defensor público federal Guilherme Ataíde Jordão, chefe da DPU no Recife, conhecer aspectos da realidade da política prisional americana, representando a Defensoria Pública da União.

O tema do programa foi Exploring Evidence-Based Alternatives to Incarceration as Part of Prison Reform (Explorando alternativas ao encarceramento, baseadas em evidências como parte da Reforma Prisional) e teve como objetivo a troca de experiências entre autoridades e especialistas brasileiros e estadunidenses. A iniciativa foi realizada entre os dias 13 de abril e 1º de maio deste ano.

Jordão relata que o programa foi uma experiência muito enriquecedora. Ele conta que foi possível ver, na prática, como os EUA, mesmo com as dificuldades características de situação tão complexa, vêm avançando no trato da questão penitenciária. “A partir de uma política criminal que promove a colocação dos reeducandos na sociedade”, explica o defensor.

Participaram do programa, além de Jordão, os juízes Jayme Garcia dos Santos Junior (São Paulo) e Douglas de Melo Martins (Maranhão), o promotor de Justiça Edmundo Reis Silva Filho (Bahia) e Carlos Darwin de Mattos, coordenador do Tribunal de Justiça de São Paulo em Sorocaba, todos com experiência em execução penal. Jordão é, atualmente, membro do Conselho Penitenciário do Estado de Pernambuco.

O Departamento de Estado dos EUA patrocinou a experiência que passou pelas cidades americanas de Washington, Concord, Baltimore, Boston, Reno, Carson City, Indianapolis e Orlando. Nos locais, foram realizadas reuniões e visitas técnicas em instituições prisionais, públicas e privadas, com autoridades, associações, organizações governamentais e não-governamentais, juízes, legisladores e membros da comunidade.
Após a vivência, Jordão analisa que o comparativo com a realidade americana reforça a certeza de que não podemos continuar admitindo as condições desumanas em que as pessoas são mantidas nos presídios brasileiros. “Infelizmente, tamanha superlotação e descaso do sistema impossibilitam a realização de qualquer pretensão de reentrada na sociedade”, lamenta o defensor.

www.dpu.gov.br/noticias-pernambuco/25963-defensor-participa-de-programa-do-governo-dos-eua-em-politica-penitenciaria