sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

DPU no Recife acompanha vistorias na desocupação da UFPE

                              

A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife acompanhou, nesta sexta-feira (23), as vistorias realizadas nos centros acadêmicos desocupados pelos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foram vistoriados, com a presença dos diretores dos centros acadêmicos, os dois Núcleos Integrado de Atividades de Ensino (Niate), o Centro de Biociências (CB), o Centro de Educação (CE), o Centro de Artes e Comunicação (CAC) e o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). 

De acordo com a defensora pública federal Tarcila Maia Lopes, chefe-substituta da DPU no Recife, na maioria dos centros não foi verificado nenhum problema e naqueles que foram verificados, irão ser tratados adequadamente em momento posterior. “A gente acompanhou esse processo desde o começo, que se encerra com as vistorias. A atuação da DPU foi sempre no intuito de fazer essa interlocução entre os estudantes e a UFPE.  A mediação para acontecer o diálogo”, ressaltou a defensora.

Os defensores Luaní Melo e José Henrique Fonseca também participaram das vistorias, além de advogados da Frente de Juristas pela Democracia. Os alunos saíram das ocupações na última quinta-feira (22) após acordo firmado com a Reitoria da Universidade, que previu a desocupação dos campi da universidade, até as 12h desta sexta-feira (23). Eles limparam os locais e entregaram as chaves dos prédios para os seguranças da Superintendência de Segurança Institucional da UFPE. 

Ocupações

As ocupações na universidade tiveram início no final de outubro. Em 12 de novembro, a DPU no Recife conseguiu a suspensão de uma liminar que concedia a reintegração de posse da Faculdade de Direito do Recife para a UFPE. No dia 17, um acordo extrajudicial sugerido pela DPU estabeleceu o compromisso de desocupação do prédio da faculdade. Em 28 do mesmo mês, a DPU participou da assinatura de um protocolo interinstitucional de atuação. O termo definiu a atuação das instituições em relação às ocupações dos estabelecimentos de ensino de Pernambuco. Os signatários firmaram o compromisso de tratar a ação dos estudantes como um evento político-constitucional e estabeleceram o procedimento de conduta com respeito ao princípio democrático da negociação.

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Acordo encerra as ocupações na UFPE


Um acordo entre a Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e os estudantes que ocupam os centros acadêmicos pôs fim às ocupações. O termo, assinado nesta quarta-feira (21), com a participação da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, definiu as negociações entre a gestão da UFPE e os estudantes para a desocupação dos campi da universidade, até as 12h desta sexta-feira(23).

A defensora pública federal Tarcila Maia Lopes representou a DPU no acordo e afirmou ter  a sensação de dever cumprido com o entendimento entre as partes envolvidas. "Houve a composição que evitou a judicialização, com o atendimento de pleitos de ambas as partes", ressaltou a defensora.

O acordo prevê que serão criados Grupos de Trabalho (GTs), mediante portaria até dia 10/01/2017, formados paritariamente com a participação de 05 (cinco) estudantes, 05 (cinco) técnicos e 05 (cinco) docentes para discussão sobre os seguintes temas: Restaurante Universitário, Assistência Estudantil, Segurança na UFPE e Orçamento. Os representantes das categorias serão escolhidos nas suas respectivas assembleias, sendo indicados titulares, com direito a voto, e suplentes em igual número. Os membros suplentes da representação estudantil poderão participar das reuniões.

Foi também convocado o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão para reunião na sexta-feira (23) que vai deliberar sobre o Calendário Acadêmico. No Conselho, será garantida a participação de 02 (dois) estudantes por centro ocupado e cursos em greve: Centro Acadêmico de Vitória (CAV), Centro de Artes e Comunicação (CAC), Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). Centro de Educação (CE). Centro de Biociências (CB),  Centro Acadêmico do Agreste (CAA), Centro de Ciências da Saúde (CCS),  Núcleo de Educação Física, Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) - Serviço Social), e ainda, a participação de 05 (cinco) técnicos administrativos, indicados por assembleias das respectivas categorias.

O ajuste ainda assenta que por causa da greve estudantil e das ocupações nos prédios da UFPE, o calendário acadêmico de 2016.2 será suspenso nos dias 21, 22 e 23/12/2016. As ocupações na universidade tiveram início no final de outubro. Em 12 de novembro, a DPU no Recife conseguiu a suspensão de uma liminar que concedia a reintegração de posse da Faculdade de Direito do Recife (FDR) para a UFPE. No dia 17, um acordo extrajudicial sugerido pela DPU estabeleceu o compromisso de desocupação do prédio da FDR por parte dos estudantes. Em 28 do mesmo mês, a DPU participou da assinatura de um protocolo interinstitucional de atuação. O termo definiu a atuação das instituições em relação às ocupações dos estabelecimentos de ensino de Pernambuco. Os signatários firmaram o compromisso de tratar a ação dos estudantes como um evento político-constitucional e estabeleceram o procedimento de conduta com respeito ao princípio democrático da negociação.

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http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34348-nota-da-defensoria-publica-da-uniao-no-recife-sobre-comunicado-da-ufpe

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/34275-dpu-assina-protocolo-no-recife-que-descriminaliza-ocupacoes-estudantis

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34056-estudantes-vao-desocupar-faculdade-no-recife-apos-acordo-proposto-pela-dpu

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http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/33944-dpu-obtem-suspensao-de-reintegracao-de-posse-da-faculdade-de-direito-do-recife

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Projeto DPU para todos chega aos municípios de Carpina e Paudalho (PE)


A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife promoveu atividades do projeto DPU para todos nos municípios de Paudalho e Carpina, Zona da Mata do estado de Pernambuco. Ao longo do evento, defensores públicos federais e servidores da DPU realizaram palestras, reuniões e atendimento ao público para orientação jurídica e encaminhamento.

A ação na cidade de Paudalho aconteceu entre os dias 5 e 8 deste mês e foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, a Secretaria Municipal da Mulher e os conselheiros regionais. As atividades foram desenvolvidas pelos defensores federais Renato Moreira Torres e Silva, Fernando Levin Cremonesi, José Henrique Bezerra Fonseca, Luaní Melo e Maíra de Carvalho Pereira Mesquita, e pelos servidores Joás Dinarte da Silva e Francisco Sotero.

Em Carpina o atendimento deu-se entre os dias 12 e 16 de dezembro e também houve reuniões com a Secretaria Municipal de Assistência Social e conselheiros regionais. O projeto contou com a participação dos defensores federais Renato Moreira Torres e Silva, Fernando Levin Cremonesi, José Henrique Bezerra Fonseca, Djalma Henrique da Costa Pereira, Luaní Melo e Maíra de Carvalho Pereira Mesquita, e dos servidores Joás Dinarte da Silva, Monique Mendes Andrade e Francisco Sotero.

Nas duas cidades, foi promovido um ciclo de palestras com os temas Defensoria Pública e acesso à Justiça, direitos da mulher, direitos dos grupos LGBT, direitos dos idosos com enfoque na Previdência Social, direito das crianças e adolescentes e direitos dos portadores de necessidades especiais.

A defensora pública federal Lílian dos Santos Lins Cremonesi, coordenadora da ação no Recife, afirma que o DPU para todos tem foco na difusão e na conscientização sobre direitos humanos, cidadania e ordenamento jurídico para grupos em situação de vulnerabilidade e que não têm acesso efetivo à Justiça por residirem em locais de difícil acesso.

“Buscamos promover a capacitação de líderes comunitários e de assistentes sociais em temas ligados à atuação da DPU, além de compreender as necessidades jurídicas prioritárias da localidade a fim de que, no futuro, sejam realizados projetos mais específicos para atendimento dessas necessidades”, explicou Cremonesi.

DPU para todos

São objetivos do projeto: atuar de forma proativa junto à sociedade; ampliar a atuação extrajudicial; direcionar políticas institucionais à população abaixo da linha da miséria absoluta; estar presente em todas as cidades com varas do Judiciário Federal; prestar assistência com eficiência, eficácia e efetividade.

Cidades

Carpina fica localizada a 45 quilômetros do Recife. Segundo dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município é de cerca de 80 mil habitantes. Já Paudalho, de 54 mil habitantes, fica 37 quilômetros distante da capital.

DPU no Recife faz retrospectiva de atuações de destaque em 2016

A Defensoria Pública da União no Recife traz, neste final de ano, um balanço das atuações nas notícias produzidas ao longo de 2016. Vamos apontar os destaques por área de atuação: direito à liberdade, direito à educação e trabalho, direito à moradia, previdência e assistência social, direito à saúde e atuações institucionais extrajudiciais.

Direito à liberdade


Em março de 2016, a primeira audiência de custódia realizada pela Justiça Federal na cidade do Recife aconteceu no plantão judiciário, com a participação da Defensoria Pública da União. M.N.O. foi preso tentando furtar objetos de um órgão público federal. A DPU no Recife foi informada e fez o pedido de liberdade provisória. A audiência de custódia garantiu a liberdade do assistido com a fixação de medidas cautelares.

Já em abril, a DPU manteve a aposentadoria e conseguiu absolvição de acusado de fraude. O Ministério Público Federal denunciou P.B.S., juntamente com outras duas pessoas, sob acusação de fraude previdenciária. Segundo o MPF, o acusado teria procurado um despachante para majorar o tempo de serviço com dados falsos no sistema do INSS, com ajuda de uma servidora do órgão, para que ele obtivesse aposentadoria por tempo de contribuição. Constatou-se que P.B.S. foi realmente enganado pelo despachante.

No mês de agosto, houve a primeira inspeção do ano em presídios de Pernambuco. O Conselho Penitenciário de Pernambuco, que tem entre seus integrantes representantes DPU no Recife, realiza anualmente inspeções nas 21 unidades prisionais do estado. As inspeções de 2016 foram iniciadas e a primeira visita foi ao Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, uma das unidades que integram o Complexo do Curado, localizado na Zona Oeste do Recife.

Direito à educação e trabalho

Em janeiro, candidato a vestibular conseguiu vaga depois de nove anos que foi barrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O idoso prestou o vestibular no final de 2006, utilizando o sistema de incentivo, mas, por alteração das regras do edital no curso do processo seletivo, não conseguiu entrar nas vagas existentes. J.S.C. procurou a DPU no Recife em 2007 e, após a ação ter chegado ao Supremo Tribunal Federal (STF), houve a condenação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no caso. A ação foi entendida como improcedente na sentença de primeira instância, na apelação e no recurso especial, até chegar ao STF, que decidiu pela impossibilidade de alteração das regras do edital no curso do processo seletivo, cassando o acórdão proferido e determinando novo julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). O novo acórdão do TRF5 condenou a UFPE a propiciar ao autor da ação a sua participação no curso de Direito.

Já em fevereiro, foi revertida eliminação no Enem de estudante com déficit de atenção. A estudante L.R.O.C., 18, realizou a prova do último Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em condições especiais, mas acabou sendo eliminada sob a alegação de não atendimento ao item do edital que tratava dos documentos comprobatórios que motivava a condição especial de prova. A jovem procurou a DPU no Recife e, após decisão judicial, conseguiu reverter a desclassificação, sendo incluída na lista de espera para o curso de Biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Direito à moradia


No mês de setembro, pessoas afetadas pela demolição na Muribeca ganharam o direito de receber auxílio-moradia. O TRF5 determinou ao Município de Jaboatão dos Guararapes o pagamento de auxílio-moradia, no mesmo valor pago aos moradores do Conjunto Residencial Muribeca (R$ 859,87), aos moradores dos imóveis que serão demolidos ou desocupados por período superior a 30 dias, assistidos da DPU no Recife.

Também em setembro, a DPU no Recife promoveu um mutirão de atendimento para a população em situação de rua. A ação começou às 8h e seguiu até às 13h do dia 6, atendendo mais de cem pessoas que foram até o Convento de Santo Antônio, localizado no centro da cidade.


Previdência e assistência social


Em abril, famílias de crianças com microcefalia começaram a procurar a Defensoria Pública da União no Recife após indeferimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas) pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou negativa do pagamento dos atrasados, para os que tiveram o benefício deferido e já estão recebendo o valor mensal. As famílias foram convidadas durante ações voltadas para as crianças com microcefalia que aconteceram em diferentes locais do Recife.

No mês de julho, a DPU garantiu benefício assistencial para mulheres com incapacidade no Recife. O Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas) é devido à pessoa idosa e à pessoa com deficiência que comprovem não possuírem meios de se sustentar ou serem sustentadas pela família. Caso o direito exista e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) negue esse benefício, o interessado ou seu representante legal poderá procurar uma unidade da DPU. Foi o que aconteceu com S.M.R.A. e M.M.S., que procuraram a DPU no Recife e conseguiram a concessão do BPC-Loas por meio de tutela antecipada.

Já em setembro, a DPU reverteu sentença de caso de pensão por morte na Turma Recursal. M.F.E.A., 61 anos, procurou a DPU no Recife após a morte do marido e a negativa do INSS em conceder o benefício de pensão por morte, alegando falta de qualidade de segurado. A Defensoria acionou a Justiça Federal alegando erro de atuação do INSS enquanto o segurado ainda estava vivo e teve o pedido julgado improcedente na primeira instância. Após sustentação oral na Turma Recursal, a sentença foi anulada para averiguar, via perícia judicial indireta, se o falecido tinha a condição de segurado no início da sua incapacidade.

Direito à saúde


Em julho, após atuação da DPU no Recife, V.S.S., de 34 anos, teve o direito reconhecido para obtenção de uma prótese para a mão. Os desembargadores federais da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região decidiram que ele necessita da prótese para amputação transradial indicada pelo médico para ter um melhor desempenho de suas atividades.

No mês de outubro, o Hospital de Câncer de Pernambuco foi vistoriado por representantes da DPU. Uma equipe formada por dois defensores públicos federais, um médico perito, um servidor e dois estagiários da DPU no Recife realizou visita ao Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) com o objetivo de verificar as condições da unidade hospitalar no que se refere ao tratamento de câncer de mama. A ação fez parte das atividades do 1° Dia Nacional de Vistorias nos Centros e Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia que ocorreu simultaneamente em 18 cidades brasileiras.

Também em outubro, M.M.S., 45 anos, obteve medicamento graças à DPU. Ela sofre de Síndrome Mielodisplásica, que evoluiu para quadro de neutropenia e plaquetopenia severas, com anemia grave e dependência de transfusões. Um representante da paciente procurou a Defensoria Pública da União em Fortaleza, em setembro de 2014, para solicitar judicialmente o fornecimento de medicação de alto custo chamada Lenallidomida. O processo passou por diversas fases e terminou na Turma Recursal do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, onde ocorreu a atuação da DPU no Recife. O acórdão determinou o fornecimento imediato da medicação, ratificando sentença de primeira instância.

Atuações institucionais extrajudiciais

Em novembro, a DPU no Recife acompanhou a desocupação e também a vistoria do prédio da Faculdade de Direito do Recife, quando se verificou que não houve dano ao patrimônio público. Os estudantes deixaram o prédio um dia após o acordo proposto pela DPU, firmado com a Reitora da UFPE e a direção da Faculdade de Direito, com participação do Ministério Público Federal (MPF) e advogados dos alunos.

Na atuação das ocupações, a DPU no Recife participou da assinatura de um protocolo interinstitucional de atuação na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco. O acordo define a atuação das instituições em relação às ocupações dos estabelecimentos de ensino de Pernambuco. Os signatários firmaram o compromisso de tratar a ação dos estudantes como um evento político-constitucional e estabeleceram o procedimento de conduta com respeito ao princípio democrático da negociação.

No mesmo mês, a rodada de conciliação entre a DPU no Recife e a Caixa Econômica Federal - Regional Recife foi finalizada com acordos nos sete casos analisados. A ação aconteceu na sede da superintendência do banco, localizado no bairro da Ilha do Leite.




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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Encontro regional da DPU para discutir estratégia reúne chefias do Nordeste


O defensor público-geral federal, Carlos Eduardo Paz, realizou a segunda reunião regional dos chefes de unidades, nesta sexta-feira (9), no Recife. O encontro, que recebeu as chefias da região Nordeste, faz parte do planejamento da gestão de encontros semestrais pelo Brasil, em que são discutidas ações estratégicas da instituição para 2017 e é feito um balanço das iniciativas desenvolvidas em 2016.

Reuniao Recife De acordo com o defensor público-geral, esse evento busca compartilhar o cenário político-institucional, discutir o planejamento estratégico e apresentar a política de comunicação. “Por fim, auscultar as demandas administrativas das unidades”, explicou Paz.

Para o defensor público-chefe no Recife, Igor Roque, o encontro também foi a oportunidade de os participantes conhecerem a nova sede na capital pernambucana, que ainda está em processo de estruturação. “É um privilégio receber o defensor público-geral federal e chefes de unidades nessa nova sede para poder discutir matérias afeitas ao desenvolvimento organizacional e fortalecimento da instituição”, declarou Roque.

O chefe da unidade em Feira de Santana (BA), defensor público federal Sérgio Goulart, destacou a relevância da reunião para o alinhamento estratégico das diretrizes da DPU e a busca pela padronização. “Esse evento promove esse realinhamento, que é importante para uma aproximação da gestão da DPU”, ressaltou Goulart.

Reuniao 

Recife a“Esses encontros são uma importante troca de experiências em que a Administração Superior interage com as chefias locais e as atualiza das ações implementadas pela gestão”, resumiu, por sua vez, o defensor público–chefe da DPU em Teresina, José Rômulo Plácido Sales, ex-defensor público-geral federal no período 2009/2011 . 

Participaram também da reunião os defensores públicos-chefes ou chefes substitutos Daniel Kishita Albuquerque Bernardino (Mossoró), Edson Júlio de Andrade Filho (João Pessoa), Elias Duarte de Azevedo (Campina Grande), Tarcila Maia Lopes (Recife), Marco André Breta Ananias de Oliveira (Caruaru), Marcelo Pontes Galvão (Petrolina e Juazeiro), João Paulo Cachate Medeiros de Barros (Maceió), Diego de Amorim Vitório (Arapiraca), Charlene da Silva Borges (Salvador); o subdefensor público-geral federal, Edson Rodrigues Marques; o chefe de gabinete do defensor público-geral federal, Fillippe Augusto Nascimento dos Santos; o secretário-geral executivo interino, Alexandre Mendes Lima de Oliveira; o assessor-chefe da Assessoria de Planejamento (Asplan) Antônio Marcos Correia Melonio e o coordenador de Imprensa da Assessoria de Comunicação Social (Ascom), Davi Souza de Oliveira.

Reuniões - O primeiro encontro de chefias ocorreu em São Paulo, na semana passada, envolvendo as unidades do Sudeste, com grande participação dos chefes da região. Nesta segunda-feira (12), a reunião ocorre em Porto Alegre, reunindo os chefes da Região Sul.  E ainda ocorrerá, em Brasília, no dia 16 de dezembro, o evento com as regiões Centro-Oeste e Norte. 

http://www.dpu.def.br/noticias-defensoria-publica-da-uniao/233-o-slideshow-noticias-nacionais/34484-encontro-regional-da-dpu-para-discutir-estrategia-reune-chefias-do-nordeste

Ocupação na UFPE é discutida em reunião com presença da DPU no Recife


Em reunião na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com a participação da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, buscou-se, na sexta-feira (9), entendimento sobre as reivindicações dos estudantes e as demandas da gestão da Universidade. Foi dada como proposta de negociação a criação de grupos de trabalhos temáticos para discutir as questões apontadas pelos alunos.

Os quatro grupos de trabalho propostos tratarão de temas como o estatuto da UFPE, outro sobre a assistência estudantil englobando os temas das bolsas de assistência, restaurante universitário, creche e o núcleo de atendimento de saúde do estudante, um para o orçamento e a transparência das contas da universidade e por fim, um para debater a segurança no campus e a questão de assédio sexual e moral. Todos os grupos de trabalho iniciariam as suas discussões no dia 19 de dezembro.
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A defensora pública federal Luaní Mello, presente no encontro, buscou tratar das demandas dos estudantes para a manutenção do diálogo com a UFPE. “É bom que tenhamos uma construção para discutir em concreto”, ressaltou.

Foi tratado que o grupo de trabalho que discutirá o estatuto será composto com paridade por cinco técnicos (representantes dos técnicos que hoje estão no Conselho Universitário); cinco professores que serão indicados pelo Conselho; dez estudantes, sendo cinco titulares e cinco suplentes (a representação estudantil terá direito a cinco votos). Também participarão desse grupo como consultores, sem direito a voto, um representante da Procuradoria da UFPE e um advogado da Frente de Juristas pela Democracia. O trabalho do grupo é fazer as adaptações necessárias no texto do estatuto aprovado pela estatuinte, e, em seguida, esse texto será apresentado ao Conselho Universitário para que possa ser aprovado e encaminhado ao Ministério da Educação (MEC). O prazo previsto para os trabalhos dos grupos foi de cerca de quatro meses.

Em reunião na semana passada, a UFPE havia dado prazo, até o último dia 6, para que os estudantes permitissem o livre acesso dos professores, servidores, terceirizados e estudantes aos centros acadêmicos ocupados para o funcionamento normal dessas unidades. A Universidade estabeleceu também que, até o dia 14 de dezembro, posterior à votação da PEC 55, deveria haver a desocupação de todos os centros do seu campus.

Esta semana, a Universidade resolveu retornar o processo de negociação. O reitor Anísio Brasileiro, na sexta-feira (9), disse que há um avanço geral e um esforço comum nas negociações e que o resultado é muito positivo.

Pauta das ocupações

Os estudantes têm uma pauta de reivindicações que engloba a homologação integral de novo estatuto da UFPE, elaboração conjunta de políticas de segurança no campus, elaboração e reestruturação participativa da Assistência Estudantil, reestruturação do restaurante universitário (ampliação, descentralização, barateamento, abertura das contas, melhora do cardápio e da oferta do serviço), abertura das contas da universidade, criação de novos espaços deliberativos (participação paritária da comunidade acadêmica), desburocratização do uso dos espaços da Universidade, criação de políticas de prevenção e combate ao assédio moral e sexual, ampliação do sistema de creches, melhora do serviço do Núcleo de Atendimento à Saúde do estudante e real aplicação da atividade acadêmica de ensino, pesquisa e extensão.

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34486-reuniao-busca-dialogo-sobre-ocupacao-na-ufpe

DPU no Recife comparece à posse de novos juízes federais no TRF5


A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife prestigiou, nesta quarta-feira (07), a posse de 16 juízes federais substitutos, aprovados no XIII Concurso Público para Provimento de Cargos de Juiz Federal Substituto da 5ª Região. O presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), desembargador federal Rogério Fialho Moreira, deu posse em solenidade realizada no auditório do Pleno do TRF5.

A defensora pública federal Tarcila Maia Lopes, chefe-substituta da DPU no Recife, compareceu à cerimônia e afirmou que a Defensoria parabeniza a posse dos novos juízes federais. “Desejamos que, no exercício da magistratura, eles atuem sempre tendo em vista o ideal de justiça social”, ressaltou Lopes.

O presidente do TRF5, desembargador federal Rogério Fialho Moreira, desejou sorte aos novos magistrados no cumprimento da função e disse ter certeza que vão todos exercer o cargo da melhor maneira.

O desembargador federal Edilson Pereira Nobre, responsável pelo discurso em nome da Corte por ter sido o presidente da comissão do concurso, destacou que a alegria se renova mais uma vez na corte ao empossar cidadãos pelo regime de mérito. "A casa da justiça os recebe e muito espera. O juiz há de conhecer a realidade social. Ter consciência da tarefa que exerce, dos efeitos políticos, econômicos e sociais de suas decisões”, destacou o desembargador.

O juiz federal substituto Augusto César de Carvalho Leal, empossado na cerimônia, foi responsável pelo discurso de posse do novos magistrados. Em um discurso com muitas referências literárias, o juiz ressaltou a busca incansável da garantia da Constituição e a efetivação de direitos para que haja justiça para todos, pobres e ricos.

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34487-dpu-no-recife-comparece-a-posse-de-novos-juizes-federais-no-trf5

UFPE dá prazo para que os estudantes desocupem campus


A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife participou de reunião na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nessa sexta-feira (2), em que a Reitoria da UFPE determinou o prazo, de até a próxima terça-feira (6), às 17h, para que os estudantes permitam o livre acesso dos professores, servidores, terceirizados e estudantes aos centros acadêmicos ocupados para o funcionamento normal dessas unidades. A Universidade estabeleceu também que, até o dia 14 de dezembro, posterior à votação da PEC 55, deve haver a desocupação de todos os centros do seu campus.

Além da DPU, representada pelos defensores públicos federais Tarcila Maia, Luaní Melo e José Henrique Fonseca, participaram do encontro pró-reitores e diretores de centros da UFPE, o Ministério Público Federal (MPF) e a Frente Brasil dos Juristas para Democracia.

A defensora pública federal Luaní Melo questionou o reitor Anísio Brasileiro sobre a condução do processo de negociação que havia sido estabelecido com o protocolo. “Nós entendemos que a UFPE está com essas ocupações há algum tempo. Mas não é um processo fácil para estabelecer uma relação de confiança com os estudantes para evitar o conflito. E essa questão de prazo não havia sido colocada”, sustentou a defensora.

Após o encontro, os defensores foram conversar com os estudantes das ocupações sobre a decisão da Reitoria. De acordo com a defensora Tarcila Maia, não houve concordância da DPU a respeito dessa postura da Universidade. “O prazo e as condições tanto do livre acesso como das desocupações foram impostos de forma unilateral pela Reitoria da UFPE”, declarou.

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34390-ufpe-da-prazo-para-que-os-estudantes-desocupem-a-ufpe

Nota da Defensoria Pública da União no Recife sobre comunicado da UFPE

A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife vem a público externar grande preocupação quanto ao comunicado da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) de que ajuizará uma ação de reintegração de posse contra os estudantes que ocupam os centros acadêmicos desta universidade, caso não se permita o funcionamento normal dos prédios, até as 17h da próxima sexta-feira (02).

Conforme o protocolo de atuação interinstitucional, assinado na segunda-feira (21) pela DPU, Ministério Público Federal (MPF), Procuradoria Federal (AGU), advogados populares e a Reitoria da UFPE, ficou resguardado o respeito às funcionalidades dos prédios ocupados no que diz respeito a questões administrativas essenciais, como emissão de notas de empenho e outras atividades burocráticas indispensáveis. Ressalte-se que as discussões e as conclusões quanto ao alcance da cláusula que possibilita o funcionamento dos prédios estão registradas no áudio da reunião ocorrida na sede do MPF no Recife.

É importante ressaltar que os estudantes não participaram da construção do protocolo, o qual estabelece um compromisso apenas em relação aos signatários. E também que, antes mesmo da assinatura do protocolo, os ocupantes já vinham permitindo o ingresso de servidores e terceirizados da UFPE para tratar de questões urgentes nos prédios, ainda que em horários pré-determinados e com o acompanhamento dos estudantes. Estas medidas são necessárias para a própria segurança do movimento, uma vez que o acesso livre aos centros ocupados poderia ensejar confrontos físicos com pessoas contrárias à ocupação, e, em último caso, depredações ao patrimônio público que poderiam ser imputadas aos estudantes, com intuito de criminalizá-los.

A defensora pública federal Luaní Melo afirmou que o comunicado da UFPE surpreendeu os envolvidos porque o diálogo entre as instituições avançava para uma solução pacífica. "A DPU vem atuando nas ocupações da UFPE desde o caso da Faculdade de Direito do Recife, sempre com o intuito de mediar o conflito entre estudantes e Universidade, respeitando a autonomia decisória de ambas as partes. Sendo assim, recebemos com surpresa o comunicado emitido pela universidade na data de ontem, pois expressa interpretação diametralmente oposta à da DPU quanto ao teor do protocolo. A atitude da UFPE é contraditória na medida em que o processo de negociação estava avançando, tendo, inclusive, havido vistoria na ocupação do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), na última terça-feira (29), e negociações acerca de uma reunião entre a Reitoria e os estudantes do CFCH na próxima semana, bem como a realização de uma vistoria na ocupação do Centro de Artes e Comunicação (CAC). Em verdade, o tom do comunicado prejudica todo o trabalho já feito pela DPU e demais instituições envolvidas no sentido de restabelecer a confiança entre as partes para que o diálogo seja frutífero."

Defensoria Pública da União no Recife

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34348-nota-da-defensoria-publica-da-uniao-no-recife-sobre-comunicado-da-ufpe

DPU acompanha vistoria no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE


Defensores públicos federais acompanharam vistoria, nessa terça-feira (29), no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em virtude da ocupação realizada pelos estudantes. A vistoria foi realizada com a diretora do CFCH, Maria da Conceição Lafayette de Almeida e os ocupantes. Além da Defensoria Pública da União, participaram da vistoria representantes do Ministério Público Federal (MPF) e advogados dos alunos.

O grupo percorreu todo o edifício do centro acadêmico em seus oito departamentos: Antropologia e Museologia, Arqueologia, Ciências Geográficas, Sociologia, Ciência Política, Filosofia, História e Psicologia. Segundo o defensor público federal Djalma Pereira, que acompanhou o ato com a defensora pública federal Tarcila Maia, constatou-se que o movimento dos estudantes atua de forma ordenada e não causou danos ao imóvel ocupado. “Há apenas várias grafitagens que são naturais da manifestação de expressão dos estudantes”, explicou o defensor.

A ocupação, que tem cerca de 30 estudantes, ocorre desde 25 de outubro. Pereira disse acreditar que há clima para um acordo entre os estudantes e a reitoria da UFPE, para evitar a judicialização do caso. A diretora do CFCH afirmou que há espaço para o diálogo e se dispôs a intermediar o contato entre os ocupantes e a universidade. “É melhor buscarmos um entendimento do que ficar nesse impasse entre as demandas dos estudantes e o funcionamento das atividades do centro”, afirmou a diretora.

De acordo com a UFPE, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), assim denominado a partir de 1974, resultou da fusão de vários departamentos da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Pernambuco (Fafipe), criada em 1950, e do Instituto de Ciências do Homem, inicialmente denominado de Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Edificado em uma área de 25.690 metros quadrados, abriga também diversos laboratórios de pesquisa e ensino, como também uma biblioteca setorial.

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34340-dpu-acompanha-vistoria-no-centro-de-filosofia-e-ciencias-humanas-da-ufpe

terça-feira, 29 de novembro de 2016

DPU assina protocolo no Recife que descriminaliza ocupações estudantis



A Defensoria Pública da União (DPU) em Recife participou, nessa segunda-feira (28), da assinatura de um protocolo interinstitucional de atuação na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco. O acordo define a atuação das instituições em relação às ocupações dos estabelecimentos de ensino de Pernambuco. Os signatários firmaram o compromisso de tratar a ação dos estudantes como um evento político-constitucional e estabeleceram o procedimento de conduta com respeito ao princípio democrático da negociação.

O defensor público-chefe da DPU no Recife, Igor Roque, ressaltou que a formulação deste protocolo tem grande importância por deixar de criminalizar um ato de essência política e constitucional. “A DPU participou de todo o processo de construção desse acordo e intermediou uma resolução entre os manifestantes que estão em uma situação de vulnerabilidade perante o poder público, como no caso da Faculdade de Direito do Recife”, destacou.

O protocolo foi assinado pela DPU, MPF, os reitores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e os diretores-gerais do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) de Olinda, Cabo de Santo Agostinho, Vitória do Santo Antão, Barreiros e Belo Jardim. E também pela Procuradoria Federal junto à UFPE e Procuradoria Regional Federal, Polícia Militar de Pernambuco e Frente Brasil dos Juristas para Democracia.

Protocolo

Ficou determinado que a DPU atuará apenas nas ocupações e/ou ações judiciais que ocorrerem dentro das subseções judiciárias com núcleo do órgão instalado (Recife, Caruaru e Petrolina). As ocupações dos estudantes serão consideradas atos políticos e não um evento criminal, sem prejuízo de apuração, administrativa e criminal, no caso de eventuais abusos e da prática de ilícitos. As instituições terão que respeitar, oportunizar e dar prioridade ao processo democrático de negociação, dando margem ao desenvolvimento do diálogo entre estudantes - ocupantes ou não - e profissionais das instituições de ensino para solução pacífica do impasse.

O acordo prevê que as entidades não vão se valer de meios de coação, visando à desocupação sem ordem judicial, tais como: corte de água, de energia, impedir entrada de alimentos, utilização de sinais sonoros, etc. Na atuação dos entes, o diálogo deve priorizar o máximo possível a compatibilidade entre o direito de livre manifestação dos estudantes e o respeito às funcionalidades dos prédios ocupados.

Havendo ajuizamento de ação, os signatários se comprometem a requerer intimação do MPF e da DPU, a realizar audiência prévia e também garantir prazo razoável para a desocupação voluntária das unidades de ensino. E também apenas requerer utilização de força policial para desocupação forçada após frustradas as etapas de negociação, com acompanhamento do MPF e da DPU.

Os gestores dos estabelecimentos de ensino constituirão comissões de negociação para dialogar diretamente com os ocupantes e ainda foi colocado que, no caso de ser comprovadamente necessário o uso da força pela PM, será priorizada a utilização de instrumentos de menor potencial ofensivo, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes, com notificação prévia do Ministério Público e da Defensoria Pública para acompanhar a ação.

http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/34275-dpu-assina-protocolo-no-recife-que-descriminaliza-ocupacoes-estudantis




terça-feira, 22 de novembro de 2016

Conciliação de novembro entre Caixa e DPU no Recife tem saldo positivo


A rodada de conciliação de novembro entre a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife e a Caixa Econômica Federal - Regional Recife foi finalizada com acordos nos sete casos analisados. A ação aconteceu na manhã de sexta-feira (18), na sede da superintendência do banco, localizado no bairro da Ilha do Leite.

“O convênio com a Caixa vem dando excelentes resultados. Buscamos a conciliação das demandas por entender que é uma forma mais célere de resolver as demandas dos nossos assistidos”, ressaltou o defensor público federal Gustavo Henrique Hahnemann, que representou a DPU na conciliação de novembro juntamente com as estagiárias Kristiny Moraes Carvalho Toscano de Brito e Maria Lúcia Pragana.

Sete casos foram selecionados pelos setores administrativos da Defensoria e da Caixa para participar dessa rodada. Entre eles, problemas com cheque fraudulento, desconto indevido em conta poupança e, na maioria, financiamento de imóvel e de terreno.

R.N.O. adquiriu um imóvel financiado pela Caixa, mas acabou ficando inadimplente após afastar-se do trabalho com problemas de saúde. O banco informou que ele estava com 86 prestações em atraso, já tendo sido iniciado o processo de execução de propriedade. Para dar fim ao litígio, a Caixa fez uma proposta de pagamento à vista de R$ 10.928,23, incorporação ao saldo devedor de R$ 9.763,87 e recálculo das futuras prestações. O assistido da DPU aceitou a proposta oferecida.

Já R.S.F. procurou a DPU no Recife informando que houve a emissão de um cheque fraudulento dele no valor de R$ 1.145,82 em 2011 e uma alteração do valor de outro cheque em 2015. A proposta apresentada pela Caixa foi de dano moral e material pelo cheque alterado em 2015, não apresentando nenhuma proposta para o cheque fraudulento, considerando que ele não chegou a ser debitado e que o fato já havia prescrito, pois ocorreu em 2011. R.S.F. aceitou a proposta e o dinheiro será depositado em 10 dias úteis na conta do cidadão.


http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/34102-conciliacao-de-novembro-entre-caixa-e-dpu-no-recife-tem-saldo-positivo

Estudantes desocupam Faculdade de Direito após acordo proposto pela DPU


Os estudantes encerraram, na sexta-feira (18), a ocupação da Faculdade de Direito do Recife, centro da capital pernambucana, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife acompanhou a desocupação e também a vistoria do prédio da FDR, quando se verificou que não houve dano ao patrimônio público. Na saída do prédio, os alunos realizaram um ato de protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos da União.

Os estudantes deixaram o prédio um dia após o acordo proposto pela Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, firmado com a Reitora da UFPE e a direção da Faculdade de Direito, com participação do Ministério Público Federal (MPF) e advogados dos alunos. A saída dos alunos ocorreu por volta das 17h e eles organizaram um protesto contra a PEC do teto dos gastos da União, que está tramitando no Senado como PEC 55.

A defensora pública federal Luaní Melo acompanhou a ocupação dos estudantes desde o início e explicou que os manifestantes deixaram o prédio organizado, com limpeza e com a retirada de todo o material usado durante a manifestação. “Eles querem entregar o prédio em perfeito estado, na forma em que receberam, que é a essência da política dessa ocupação, extremamente pacífica e ordeira", ressaltou a defensora.

Após o fim da ocupação, foram vistoriadas as dependências do prédio histórico da Faculdade de Direito do Recife pela DPU, juntamente com uma comissão da reitoria da UFPE, a direção da faculdade, o Ministério Público Federal, advogados dos estudantes, entre outros representantes. Todos assinaram termo de vistoria confirmando que não houve dano ao patrimônio público. “Está tudo na perfeita ordem. É importante ressaltar que esse processo de ocupação foi realizado com um importante diálogo entre as instituições para a busca de um acordo”, confirmou Ana Cabral, pró-reitora de Assuntos Estudantis da UFPE.

Reunião do conselho atende reivindicações

Na manhã da sexta-feira (18), o Conselho Universitário da UFPE reuniu-se, extraordinariamente, seguindo um dos itens do acordo firmado no Tribunal Regional Federal da 5ª Região para a desocupação do prédio da Faculdade de Direito do Recife. A reunião aconteceu no auditório do Departamento de Energia Nuclear.

Além dos integrantes do Conselho, participaram do encontro representantes da DPU no Recife, do MPF, dois estudantes de cada um dos 12 centros acadêmicos e representantes do Sindicato dos Trabalhadores da UFPE (Sintufepe) e da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe). “Coloco a DPU à disposição de todos os estudantes que estão ocupando outros centros universitários, caso precisem de algum apoio no diálogo com a UFPE. Os estudantes querem ser compreendidos como integrantes da comunidade acadêmica, querem contribuir também”, destacou a defensora pública federal Luaní Melo na sua apresentação.

Os representantes de cada centro tiveram direito a cinco minutos de exposição. O repúdio à PEC 55, antiga PEC 241, é o ponto principal das manifestações, mas os estudantes focaram suas falas na falta de representatividade do Conselho Universitário, na retaliação contra os estudantes que estão participando das ocupações e no corte de salários dos servidores e docentes grevistas.

Ao final da reunião, ficou decidido que a UFPE vai fazer as modificações necessárias no calendário acadêmico após o fim das ocupações e da greve dos professores, que não vai haver retaliação contra os estudantes que participaram das ocupações, que não vai computar a falta dos alunos durante as manifestações e que não ocorrerá corte do ponto dos servidores em greve. O Conselho Universitário também aprovou duas notas, uma sobre a greve dos servidores e uma sobre a PEC 55, ambas publicadas no site da UFPE.


http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/34099-estudantes-desocupam-faculdade-de-direito-apos-acordo-proposto-pela-dpu

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

DPU/Recife antecipa mudança de endereço




A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife optou pela antecipação da mudança de sede, considerando o princípio de incêndio que danificou a central telefônica e de internet da unidade no dia 24 de setembro. A troca de endereço já estava sendo articulada desde o início do ano, mas precisou ser antecipada considerando os danos causados pelo incêndio e a consequente restrição de atendimento ao público.

As instalações da DPU no Recife, que atualmente encontram-se na Avenida Conde da Boa Vista, serão transferidas para a Avenida Manoel Borba, n° 640, Empresarial Progresso, bairro da Boa Vista. “Sempre dividimos prédios com outros órgãos e empresas. Dessa vez, a DPU no Recife vai ter um prédio específico para suas atividades, com atendimento ao público localizado no térreo, garantindo mais acessibilidade à população”, destacou o defensor público chefe da unidade, Igor Roberto Albuquerque Roque.

O processo da mudança já teve início, porém os atendimentos das urgências continuam no endereço atual, na Avenida Conde da Boa Vista, até que parte do atendimento esteja montado na sede nova para transferência de todas as atividades. “Temos noção do transtorno causado com a restrição do atendimento após o princípio de incêndio. Os equipamentos foram completamente danificados e os novos só poderiam ser instalados na nova sede. Pedimos só um pouco mais de paciência para que a mudança ocorra e tudo seja organizado da melhor forma para atender a todos”, esclareceu Igor Roque.

Durante o processo de mudança, o atendimento ao público continua restrito às demandas consideradas urgentes, ou seja, aquelas que envolvem restrição à liberdade de locomoção, perecimento de direito e periclitação da vida e da saúde.

Recife, 17 de novembro de 2016

Assessoria de Comunicação Social - DPU/Recife

DPU no Recife comunica mudança de sede à Justiça Federal em Pernambuco


A Defensoria Pública da União no Recife comunicou à Justiça Federal em Pernambuco a realização da mudança de sede da instituição. O defensor público federal, Igor Roque, chefe da unidade, reuniu-se, na quinta-feira(10), com o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), desembargador federal Rogério Fialho Moreira, em seu gabinete na sede do Tribunal, no Bairro do Recife, centro da cidade. E, na quarta-feira (9), com a juíza federal Joana Carolina Lins Pereira, diretora do Foro da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE), no bairro do Jiquiá, zona oeste da capital pernambucana.

Nos encontros, Roque informou aos magistrados sobre a mudança de sede da DPU no Recife que ocorrerá ainda neste mês de novembro. O momento também serviu para a apresentação do defensor como o novo chefe da unidade. “Realizaremos a mudança a partir do dia 16 e contamos com a compreensão do Poder Judiciário para que possamos continuar atendendo os nossos assistidos da melhor maneira”, disse Roque para o presidente do TRF5.

Rogério Fialho Moreira manifestou o entendimento da situação e decidiu por não realizar intimações para a DPU no período de 18 a 25 de novembro, em razão da mudança de sede da instituição. O acordo também ficou acertado com a diretora do Foro da JFPE, Joana Carolina Lins Pereira.

Na visita ao TRF5, o defensor Roque, acompanhado do defensor Gustavo Henrique Coelho Hahnemann, também falou ao presidente do TRF5 sobre o princípio de incêndio, ocorrido em 24 de setembro, na sede atual da DPU no Recife, que afetou as atividades do órgão. “Tivemos dificuldade para continuar realizando nosso trabalho depois desse incidente, e por isso, resolvemos até antecipar a nossa mudança de sede”, explicou Roque.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

TRF5 mantém suspensão obtida por DPU sobre ocupação de faculdade no Recife

A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife vem atuando desde a última sexta-feira (11) para a resolução pacífica da ocupação de estudantes na Faculdade de Direito do Recife (FDR). Representantes da DPU participaram de uma nova vistoria no prédio histórico da FDR na manhã de domingo (13) e três reuniões na segunda-feira (14), uma com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), outra com os estudantes da ocupação e a terceira com o desembargador relator do processo de reintegração de posse no Tribunal Regional Federal da 5 Região (TRF5), Cid Marconi. Os termos das reuniões indicam uma tentativa de abertura de diálogo entre os alunos da UFPE e a reitoria para uma possível desocupação pacífica na próxima sexta-feira (18).

Os estudantes ocuparam a faculdade na última quinta-feira (10) com o objetivo de protestar contra a PEC 55 (número do Senado da PEC 241), que é uma pauta de reivindicação nas ocupações nacionais, além de outros pontos locais. No mesmo dia do início da ocupação foi proposta uma ação de reintegração de posse com decisão emitida na sexta-feira (11) em favor da UFPE. A Defensoria pediu habilitação no processo e conseguiu derrubar a liminar na tarde de sábado (12). As condições da ocupação vêm sendo acompanhadas pela Defensoria e por uma comissão montada pela reitoria da UFPE.

Vistorias


A última vistoria aconteceu na manhã de domingo (13) com a presença das defensoras públicas federais Luaní Melo e Tarcila Maia, de quatro representantes da reitoria da UFPE, três professores da FDR, cinco advogados e ex-alunos da FDR, além de dois representantes dos estudantes da ocupação. A comissão teve acesso a todo o prédio da Faculdade de Direito do Recife, recebendo explicações de que salas estão sendo usadas pelos estudantes e que salas estão fechadas, sem acesso dos alunos.

“O prédio está exatamente como estava na sexta-feira quando estivemos aqui. A nossa preocupação hoje é com a segurança dos estudantes que estão na ocupação”, afirmou Ana Cabral, pró-reitora de Assuntos Estudantis da UFPE. Após a vistoria, o mesmo grupo se reuniu em uma das salas da faculdade para debater algumas solicitações dos estudantes e pensar numa possível negociação para levar ao reitor da UFPE e ao diretor da FDR, na reunião que ficou marcada para essa segunda-feira (14).

Reunião com a UFPE


Aproximadamente 30 pessoas participaram da reunião na reitoria da UFPE para debater a ocupação da Faculdade de Direito do Recife, na manhã dessa segunda-feira (14). Entre os presentes, representantes da Defensoria Pública da União; do Ministério Público Federal; dos estudantes; o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro; o diretor da FDR, Francisco Queiroz; professores da FDR; pró-reitores; diretores de centros acadêmicos e procuradores da UFPE. O reitor da UFPE abriu a discussão com a apresentação de todos os presentes e passando a palavra para todos os envolvidos, principalmente os representantes dos estudantes, Tiago Pereira e Gabriela Borba, que puderam expor algumas das reivindicações dos ocupantes.

“Estamos bem preocupados com um possível confronto policial numa reintegração de posse, por causa da integridade física e mental dos estudantes e, também, por causa do patrimônio histórico que é o prédio da FDR. Estamos aqui para pedir que a UFPE suspenda o processo até que a negociação seja finalizada com os estudantes e aconteça uma desocupação pacífica”, destacou a defensora Luaní Melo.


Dentro de uma lista de nove reivindicações, o reitor Anísio Brasileiro se prontificou a atender quatro delas inicialmente, montando uma comissão de negociação da reitoria para debater com os estudantes os demais pontos, com o compromisso dos estudantes de haver uma desocupação pacífica na sexta-feira (18). Com essa anuência da reitoria, os representantes dos estudantes levaram os termos da reunião para os ocupantes, que aceitaram as condições de desocupação mediante negociação até a próxima sexta-feira.

Processo Judicial

Considerando o resultado da reunião pela manhã, representantes da DPU foram despachar com o desembargador que assumiu o processo com pedido de reintegração de posse suspenso no Tribunal Regional Federal da 5° Região (TRF5). Como a suspensão da reintegração de posse aconteceu durante o plantão judiciário, o processo precisou ser redistribuído na manhã dessa segunda e acabou ficando com o desembargador Cid Marconi.

Os defensores públicos federais Djalma Pereira e Maíra Mesquita, que atuam com os processos da DPU no TRF5, conseguiram despachar com o desembargador na tarde de hoje, junto com representantes do MPF, dos estudantes, o reitor e procuradores da UFPE. "Depois de muita conversa conseguimos manter a decisão do plantonista até sexta para haver acordo e desocupação voluntária", confirmou a defensora Maíra de Carvalho.

Reunião com os estudantes

As defensoras Luaní Melo e Tarcila Maia, alguns professores da FDR e a comissão de negociação da reitoria da UFPE se reuniram no final dessa tarde com os estudantes na ocupação para informar o teor da reunião com a reitoria e com o desembargador.

"Também reforçamos com os estudantes a necessidade de se cumprir o item b da decisão de suspensão da liminar, no sentido de liberar o acesso das pessoas indicadas pela reitoria da UFPE ao prédio da faculdade", disse a defensora Tarcila Maia, complementando que não houve resistência dos estudantes quanto a esse pleito.

Com a aprovação dos estudantes, a Defensoria Pública da União vai formular um acordo e repassar para aprovação a procuradoria da UFPE, para que ambas as partes estejam de acordo com os termos, considerando como desfecho uma desocupação pacífica dos estudantes na próxima sexta-feira (18).