quarta-feira, 7 de outubro de 2020

DPU no Recife (PE) tem workshop sobre benefícios por incapacidade

 


A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife promoveu, por videoconferência, um workshop da área previdenciária sobre “Aspectos práticos dos benefícios por incapacidade”. O treinamento, que ocorreu em 30 de setembro, foi voltado para o público interno da instituição: defensores, servidores e estagiários.

As defensoras públicas federais Maíra Carvalho Pereira Mesquita e Luaní Melo apresentaram dicas práticas da atuação tratando do conceito de incapacidade no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que tem a prevalência da perícia médica judicial para comprovação nos processos judiciais.

Na apresentação, sobrea a atividade habitual – última atividade exercida, nos termos do entendimento da Turma Regional de Uniformização (TRU) –  observou-se que “para fins de concessão de auxílio-doença, considera-se atividade habitual a última atividade laborativa desenvolvida pelo segurado quando do surgimento da sua incapacidade, ou, estando este no período de graça, aquela atividade que exercia no seu último vínculo.”

Como dicas para a atividade habitual, foram destacadas as informações: “Ao receber intimação do laudo judicial, verificar a última atividade da CTPS e a atividade declarada no laudo judicial como sendo habitual. É preciso fixar /delimitar corretamente a atividade habitual, impugnação do laudo e/ou sentença. Fazer referência aos precedentes da TRU, da Turma Nacional de Uniformização (TNU) ou das Turmas Recursais (TRs) e a impossibilidade de reexame de prova nas instâncias superiores”.

Alguns dos exemplos de casos citados foram abordadas a questão da visão monocular e da atividade de costureira e a estigmatização do portador de HIV (sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, com citação de jurisprudência: “os portadores do vírus da AIDS, mesmo que assintomáticos, devem ter sua incapacidade aferida com base nas condições pessoais, sociais e econômicas, pois se trata de doença estigmatizante”. (Representativo PEDILEF 05038635120094058103 – Relator Juiz Federal Alcides Saldanha Lima, DOU 31/08/2012).”

Ao final do evento, Mesquita trouxe a reflexão da frase do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto: “A opção pela Defensoria é vocacional, porque própria de pessoas que fazem do Direito mais do que um meio de vida, talvez a mais bela razão de viver”.

JRS/MCA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

 

https://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/59121-dpu-no-recife-pe-tem-workshop-sobre-beneficios-por-incapacidade