quinta-feira, 10 de junho de 2021

Vacinação da população em situação de rua é debatida em Pernambuco



O colegiado estadual Consultório na Rua convocou uma reunião, na tarde dessa terça-feira (08), com as Regionais de Saúde, Coordenadores Municipais do Programa Consultório na Rua e a Coordenação do Programa Nacional de Imunização Estadual para dar continuidade às possíveis estratégias de vacinação da população em situação de rua em Pernambuco. A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife foi convidada a participar da reunião pela sociedade civil e contribuiu com algumas informações que vão constar na nota técnica a ser emitida pelo Ministério da Saúde em breve.

Na ocasião, foi apresentada a Nota Técnica n°113, publicada em 31 de maio de 2021, pela Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife sobre a vacinação para as pessoas em situação da rua. Segundo o defensor público federal e membro do Grupo de Trabalho (GT) Rua da DPU, José Henrique Bezerra Fonseca, que participou da reunião, será necessário adequar a nota técnica municipal à nota técnica do Ministério as Saúde quando for publicada.

“O Ministério da Saúde está prestes a publicar uma nota técnica sobre a vacinação da população em situação de rua, a qual foi construída em diálogo com a DPU, o Movimento Nacional da População em Situação de Rua, o CIAMP Rua e com outros atores da sociedade civil. Tivemos várias reuniões e observamos várias peculiaridades, prevendo eventuais problemas e sugerindo orientações com o objetivo de conseguir vacinar a maior quantidade de pessoas em situação de rua possível. Precisamos evitar qualquer tipo de condicionante e priorizar a vacinação, depois resolver os eventuais problemas que aparecerem”, destacou José Henrique Bezerra Fonseca.

O defensor sugeriu que os municípios adequem suas diretrizes e protocolos às orientações da Nota Técnica do Ministério da Saúde, assim que esta for publicada, tendo em vista que a vacinação desse grupo prioritário já teve início. “Por exemplo, a nota técnica da Prefeitura do Recife ressalta a necessidade de um cadastro prévio, de uma declaração, de documentos e estabelece pontos de vacinação como prioridade, sendo a busca ativa uma forma subsidiária de atuação. São procedimentos que vão gerar obstáculos à vacinação desse grupo. A busca ativa deve ser o principal procedimento, sem prejuízo dos pontos fixos de vacinação. Exigir cadastros prévios, declarações e documentos como condicionante para a vacinação também não é a solução. Tem que vacinar e em seguida fazer a articulação com a Assistência Social para regularizar documentos e cadastros”, ressaltou o defensor.

ACAG
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

https://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/62864-vacinacao-da-populacao-em-situacao-de-rua-e-debatida-em-pernambuco