quarta-feira, 30 de setembro de 2020

DPU participa de capacitação para moradia de população em situação de rua


A 2ª Jornada de Capacitação da Escola Nacional das Defensoras e Defensores Públicos do Brasil (Enadep) com o tema "Moradia Primeiro e a atuação defensorial estratégica" foi encerrada nesta sexta-feira (25), com a participação da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife (PE). Os 166 inscritos participaram dos debates, com finalidade de proporcionar a capacitação para atuar na articulação do programa Moradia Primeiro, inserindo a moradia como eixo central da política pública para população em situação de rua.

Na jornada, que teve início em 28 de agosto, foram apresentadas questões práticas e teóricas para pensar na Defensoria Pública como instituição articuladora do programa Moradia Primeiro. O defensor público federal José Henrique Bezerra Fonseca, chefe da DPU no Recife e também coordenador do Grupo de Trabalho (GT) em prol da população em situação de rua da DPU, atuou como facilitador junto com a defensora estadual Rosana Esteves Monteiro (DPE-MT), que é coordenadora da Comissão de População em Situação de rua. Participaram também Francisco das Chagas Santos do Nascimento e Carlos Ricardo, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), além de Samuel Rodrigues, coordenador da Associação Moradia para todos e do Grupo de Economia Solidaria Cozinheiros de Rua.

Em sua fala, Fonseca destacou que apesar do curso ser sobre “Moradia Primeiro”, “temos que sempre ter e mente que o programa em sua origem é voltado para as pessoas em situação crônica de rua, e que há outras ações de políticas públicas de moradia voltadas às pessoas em situação de rua que não podem ser esquecidas, são complementares, como o aluguel social, o Minha Casa Minha Vida/Casa Verde Amarela, a desapropriação de imóveis urbanos residenciais que não cumprem a função social e a destinação de imóveis públicos desocupados para moradia da população de rua”.

Sobre o Moradia Primeiro, o defensor afirmou a necessidade de articulação institucional para dar visibilidade ao programa. Ele ressaltou a importância do debate entre as Defensorias e da parceria entre DPU e Defensorias Estaduais. “Como é um programa que rompe o paradigma tradicional, é muito importante executarmos projetos pilotos do Moradia Primeiro, para dar visibilidade e demonstrar a eficácia e economicidade em relação às outras políticas públicas para a população de rua”, asseverou.

Fonseca também disse que não bastava focar apenas na moradia. “Ter em mente que é necessário trabalharmos também com educação em direitos e buscarmos implementar direitos sonegados da população em situação de rua, inclusive renda mensal com eventual benefício a que faça jus, para conferir uma maior autonomia e propiciar o pagamento parcial dos custos com o Moradia Primeiro”, explicou.

O corpo docente da jornada foi composto por facilitadores e mediadores da sociedade civil e defensores públicos: Anderson Lopes Miranda (MNPR-BA), Anelyse Santos de Freitas (DPE-PA), Antonio Vitor Barbosa de Almeida (DPE-PR), Gabriela Andrade (DPE-AM), José Henrique Pinheiro Ornelas (ISPA-Portugal), Luiz Kohara (Centro Gaspar Garcia DH), Rafael Lessa Vieira de Sá Menezes (DPE-SP), Tomás Melo (INRua) e Viviani do Prado (MNPR-PR).

Com informações da Anadep (Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos).

JRS/MRA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

https://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/58990-dpu-participa-de-capacitacao-para-moradia-de-populacao-em-situacao-de-rua