segunda-feira, 6 de maio de 2019

Cine debate da DPU/Recife destaca questão das obras no Cais José Estelita



Promovido pela Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, o Cine Debate “Estelita: cidade, moradia e memória” aconteceu na tarde da quinta-feira (2), no auditório da unidade, que fica no bairro da Boa Vista. O evento foi aberto ao público e contou com a exibição de três curtas-metragens e posterior discussão sobre as obras do Cais José Estelita, localizado na área central da capital pernambucana.

O Cine Debate teve início com a exibição dos curtas-metragens "Recife frio", de Kleber Mendonça Filho; “Recife, cidade roubada", de Ernesto de Carvalho, Leon Sampaio, Luis Henrique Leal, Marcelo Pedroso e Pedro Severien; e "À margem dos trilhos", de Marcelo Pedroso e Pedro Severien.

Na sequência, instaurou-se um debate sobre as várias problemáticas das obras no Cais José Estelita, referentes ao Projeto Novo Recife, com a presença do defensor público chefe da DPU no Recife, Guilherme Ataíde Jordão; do vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL); da representante do grupo Direitos Urbanos, Cris Gouvêa; da representante do Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), Tereza Mansi; e do representante da rede Coque RExiste, Moisés Francisco.

“O evento foi muito positivo e contribui para ampliar essa discussão do Estelita, seja do ponto de vista dos próprios movimentos sociais adentrarem nas instituições públicas, seja do ponto de vista de ampliar a atuação da Defensoria em parceria com os movimentos. A Defensoria também funciona como um agente de mediação e esse debate mostrou muito isso”, destacou o defensor Guilherme Ataíde Jordão lembrando a atuação da DPU no Recife, em 2014, em favor das famílias que moravam no local e seriam diretamente atingidas pelo Projeto Novo Recife, e no final de março de 2019, na mediação de conflitos entre movimentos sociais, polícia e construtora após a retomada das obras no Cais.

“Existe a pretensão de desenvolvimento econômico de um lado, mas também existe a questão da preservação do patrimônio histórico e paisagístico, além da relação que as pessoas mantêm com a cidade. O debate põe em destaque a questão jurídica e urbanística, e permite que a troca de ideias entre esses atores seja algo permanente, típico do que a Defensoria é e quer continuar sendo cada vez mais: uma instituição de interlocução dos mais variados segmentos da sociedade”, complementou Jordão.

ACAG/KNM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União