sexta-feira, 31 de maio de 2019

INAUGURAÇÃO DE PRÉDIO CONJUNTO DPU E DPPE

Pela primeira vez no Brasil, as Defensorias Públicas da União e Estadual unificaram o atendimento em um único prédio. A junção de atendimentos visa facilitar a vida do cidadão que precisa de atendimento jurídico.

A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife e a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) vão atender em um único endereço a partir do dia 03 de junho, mas a inauguração da sede conjunta aconteceu na noite dessa quinta-feira (30). O endereço é Avenida Manoel Borba, número 640, Edifício Empresarial Progresso, bairro da Boa Vista.

No edifício já funcionava a sede da DPU em Recife desde o início de 2017. A diferença é que agora a DPU vai compartilhar o térreo e alguns andares com a Central de Atendimento Cível da Capital (CACC), setor da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco.


Fotos: Carol Araújo / DPU no Recife












Reunião DPGF e defensores da DPU no Recife

Aproveitando a vinda ao Recife do defensor público-geral federal, Gabriel Faria Oliveira, e do presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), Igor Roque, para a inauguração da sede conjunta das Defensorias da União e do Estado na capital pernambucana, os defensores das unidades do Recife, Caruaru e Petrolina/Juazeiro marcaram uma reunião com o DPGF, na tarde dessa quinta-feira (30), para conversar sobre as mudanças estruturais que estão ocorrendo nacionalmente no órgão. Confira as fotos:






Projeto Ronda de Direitos - 29/05/2019


Primeiro dia de atendimento à população em situação de rua do Projeto Ronda de Direitos. A ação é uma parceria da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DEPPE) e da Associação Católica Samaritanos.

Leia mais sobre o projeto em https://bit.ly/2Z0WnNj

Fotos: @jhpaparazzo / DPPE 



quinta-feira, 30 de maio de 2019

Defensorias Pública da União e do Estado inauguram sede conjunta no Recife


Visando à melhoria do atendimento à população em situação de vulnerabilidade que precisa do atendimento jurídico gratuito da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife e da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE), as duas instituições vão atender em um único endereço a partir do mês de junho. A inauguração da sede conjunta está prevista para acontecer na noite desta quinta-feira (30).

A sede conjunta DPU e DPPE fica na Avenida Manoel Borba, número 640, Edifício Empresarial Progresso, bairro da Boa Vista. No endereço já funcionava a sede da Defensoria Pública da União no Recife desde o início de 2017. A diferença agora é que a DPU vai compartilhar o térreo e alguns andares com a Central de Atendimento Cível da Capital (CACC), setor da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco.

“É um momento muito importante de unificação de dois órgãos que atendem à população: a concentração das duas Defensorias Públicas, da União e do Estado, em um único prédio, com vistas principalmente a melhorar o atendimento da população. Esperamos que essa unificação facilite a resolução das questões jurídicas da população, possibilitando o diálogo, a articulação e a resolução das demandas”, destacou o defensor público chefe da DPU no Recife, Guilherme Ataide Jordão.

A redução de custos pela Defensoria Pública da União vem ocorrendo desde o final de 2018 em todo o país. A economia das contas da DPU visa ao cumprimento do teto de gastos imposto pelo Governo Federal e mostra para o país a responsabilidade fiscal do órgão. “Essa junção também colabora com a redução de custos da DPU no Recife e torna a administração da unidade mais eficiente”, complementou Jordão.

Além da manutenção dos serviços da DPU, o prédio passa a contar com os seguintes setores da DPPE: Coordenadoria de Planejamento e Gestão, Núcleo Cível, Núcleo de Mediação e Conciliação, Núcleo do Consumidor, Subdefensoria de Recursos Cíveis e Criminais, Núcleo da Fazenda Pública, Núcleo da Família e Núcleo da Saúde e da Pessoa Idosa. Esses núcleos antes ficavam localizados em bairros como Afogados, Casa Amarela, Cabanga e Cordeiro.

De acordo com o defensor público-geral da DPPE, José Fabrício Silva de Lima, a readequação da área cível da capital fortalecerá mais ainda a instituição. “Com o novo modelo, os assistidos recifenses contarão com a Central de Atendimento, que funcionará em espaço adequado, acessível e confortável”, afirmou. José Fabrício ressaltou, ainda, que é uma honra a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco compartilhar o mesmo endereço com a Defensoria Pública da União no Recife, que assim como a DPPE tem a missão de atender aos vulneráveis de recursos e promover cidadania.

O atendimento ao público da Defensoria Pública da União no Recife permanece de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h. Segundo a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, o atendimento da DPPE continua sendo agendado através do telefone 0800 081 0129 e, futuramente, será feito também via WhatsApp e pelo site da Defensoria Estadual.

ACAG/KNM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


Parceria para atender população em situação de rua é firmada no Recife


Fotos: @jhpaparazzo / DPPE

A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) e a Associação Católica Samaritanos assinaram, na tarde dessa terça-feira (28), um termo de cooperação para o projeto Ronda de Direitos, que visa ao atendimento itinerante da população em situação de rua. Os atendimentos serão feitos pelos defensores federais e estaduais no período da noite, uma vez por mês.

O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de ações relacionadas ao atendimento jurídico da população em situação de rua pela DPU e pela DPPE, com apoio organizacional dos Samaritanos. Participaram da assinatura do termo de cooperação o defensor público chefe da DPU no Recife, Guilherme Ataíde Jordão; o defensor público-geral da DPPE, José Fabrício Silva de Lima; o presidente da Associação Católica Samaritanos, Rafael Albuquerque de Araújo; o defensor público federal José Henrique Bezerra Fonseca; e o defensor público estadual Henrique da Fonte Araújo de Souza.

Fotos: @jhpaparazzo / DPPE

Segundo o defensor José Henrique Bezerra Fonseca, que atua diretamente nas ações voltadas para a população em situação de rua pela DPU no Recife, o projeto Ronda de Direitos foi elaborado para ser executado em três frentes: atendimento itinerante, monitoramento de violência contra a população em situação de rua e organização de palestras para o público-alvo.

“No caso do atendimento itinerante, os Samaritanos, que já trabalham com a população em situação de rua e fazem rondas semanais por diferentes rotas, vão fazer uma triagem de demandas nas primeiras três quartas-feiras do mês. DPU e DPPE, inclusive, já deram treinamento para eles de como fazer o levantamento das demandas nessa triagem. Com essas possíveis demandas, vamos traçar a rota da ronda na última quarta-feira do mês e os defensores vão focados nas demandas levantadas, o que pode gerar procedimentos individuais e coletivos”, destacou José Henrique Bezerra Fonseca.

Ainda de acordo com o defensor, durante os atendimentos eles vão monitorar as situações de violência contra essa população. “A violência sofrida pode ser institucional, por parte da Polícia Civil, Polícia Militar, de agentes da Prefeitura, guardas municipais, de particulares, enfim. É uma questão de promoção e preservação de direitos humanos. Nos próprios atendimentos vamos questionar se essas pessoas vêm sofrendo violências e quem as pratica, para tomarmos providências jurídicas e políticas”, complementou. A primeira Ronda de Direitos acontecerá na noite dessa quarta-feira (29), última quarta-feira do mês de maio.

ACAG/KNM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


quarta-feira, 29 de maio de 2019

DPU na mídia: BPC-Loas


Bom Dia PE / Globo Recife - 29.05.2019

Defensor público explica o que fazer quando Benefício de Prestação Continuada é negado. Quem não pode custear um advogado para resolver a questão na justiça, deve procurar a Defensoria Pública da União.




DPU na mídia: aposentadoria


Bom Dia PE / Globo Recife - 29/05/2019

Entenda como resolver problemas com a aposentadoria. Defensoria Pública da União auxilia em casos que necessita judicialização do processo.


terça-feira, 28 de maio de 2019

Cine Debate DPU


Cine debate DPU - Transposição do São Francisco: vulnerabilização e reparação, dia 03 de junho, das 14h às 17h, com exibição do documentário "Invisíveis", dirigido por André Monteiro, e posterior debate com representantes da DPU no Recife, IAM/Fiocruz, UPE e CPTNE2. Participe!

Presas do Bom Pastor participam de roda de conversa com a DPU


O projeto criado pela Defensoria Pública da União (DPU) no Recife e pelo coletivo Liberta Elas para tirar dúvidas jurídicas de mulheres em situação de cárcere na Colônia Penal Feminina do Recife, conhecida como Bom Pastor, teve uma nova edição no mês de maio. A ação aconteceu na tarde do dia 17, durou cerca de duas horas e reuniu cerca de 20 detentas.

A defensora pública federal Tarcila Maia Lopes participou da roda de conversa com duas estagiárias da Defensoria, Victoria Galvão e Renata Falcão, e duas representantes do Liberta Elas, Clarissa Trevas e Juliana Trevas. “A dúvida mais comum é relativa à prisão domiciliar. Dessa vez, tivemos o caso de uma mulher presa por tráfico de drogas e que está com um filho menor prestes a fazer uma cirurgia. Ela estava muito angustiada porque não iria poder prestar assistência a ele. Vimos o processo dela e não tinha sido feito o pedido de liberdade ainda. Orientamos ela a procurar a Defensoria Estadual, que atende no Bom Pastor, e o Liberta Elas também se disponibilizou a fazer esse pedido de liberdade e prisão domiciliar”, destacou a defensora.

Além da importância do contato das mulheres em situação de cárcere com um órgão público como a DPU, Tarcila Maia Lopes acredita na relevância desse projeto para a formação dos estagiários da Defensoria. “Acredito que a continuidade do projeto é muito importante para formação dos estagiários da área criminal, pois os coloca de frente com a realidade dos nossos presídios. Inclusive, foi a primeira vez das duas estagiárias em um presídio”, complementou a defensora.

A estagiária Victoria Galvão também acredita que a experiência foi importante para a formação dela. “É necessário para qualquer pessoa que pretende trabalhar com o Direito Penal refletir sobre o que pode significar um dia de pena na vida de alguém. E esse contato com as mulheres presas traz mais realismo para essa reflexão e indica formas de agir para mudar a triste realidade que está posta. Algo que me chamou muita atenção foi a forma como as mulheres reagiam ao falar sobre a polícia e o momento em que foram presas. Dentre relatos de violência policial e ameaças, algumas demonstraram medo de encontrar os agentes no momento da audiência e do impacto que a versão desses oficiais significaria no processo”, disse.

Para a estagiária Renata Falcão, que estava aniversariado no dia da visita, foi uma experiência que acrescentou muito na sua vida. “A visita foi um aprendizado. Para mim, que nunca tinha ido a um presídio, ficou bem evidente a falta de conhecimento das presas acerca do que estava acontecendo em seus próprios processos. Me impressionei também com a quantidade de mulheres presas preventivamente. Muitas delas também têm filhos e falaram bastante deles, da preocupação com eles, principalmente as que possuem filhos menores de 12 anos e, portanto, em tese, teriam direito à prisão domiciliar. Foi uma visita que me fez abrir ainda mais os olhos para a situação real dos presídios. Me fez perceber que quando eu estou na sala do estágio com um computador na minha frente, eu estou tratando da vida de pessoas e não só de um processo”, afirmou.

ACAG/MRA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


segunda-feira, 27 de maio de 2019

Audiência Pública



O defensor regional de Direitos Humanos de Pernambuco (DRDH/PE), André Carneiro Leão, está participando, na manhã desta segunda-feira (27), de uma audiência pública para debater o desmonte da Comissão de Anistia. O evento está acontecendo no auditório Ênio Guerra, da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Goiana (PE) recebe projeto DPU para Todos de 27 a 31 de maio


A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife levará o projeto DPU Para Todos para o município de Goiana na próxima semana, de 27 a 31 de maio. Goiana foi uma das três cidades sedes de subseção da Justiça Federal selecionadas para compor o projeto em 2019. O diferencial nessa edição é o ajuizamento e acompanhamento das ações ao longo de todo o ano. Além do mês de maio, o órgão volta à cidade nos meses de junho, outubro e novembro.

O DPU Para Todos é um projeto que leva educação em Direito e atendimento jurídico para cidades que não têm a presença da Defensoria Pública da União, mas que têm demandas cotidianas de defesa judicial das suas populações mais vulneráveis. Esse ano, a Defensoria conta com a parceria das Prefeituras e das subseções da Justiça Federal dos municípios selecionados: Garanhuns, Goiana e Arcoverde.

A ideia é fazer a atuação do projeto em três fases. Na primeira, ocorrerá o atendimento e o ajuizamento de ações perante as respectivas subseções judiciárias. Nessa etapa, Goiana receberá o itinerante durante duas semanas, de 27 a 31 de maio e de 17 a 21 de junho. O atendimento ao público acontecerá de terça a sexta-feira, no SESC Goiana, localizado na Rua do Arame, Centro. O serviço será prestado das 14h às 17h no dia 27; nos dias 28, 29 e 30 será no horário das 8h às 17h; e no dia 31, das 8h às 12h.

Além do centro de Goiana, os entornos também receberão atuação da DPU. Será realizada a palestra “A Defensoria Pública da União e suas áreas de atuação” com atendimento à população no Distrito de Ponta de Pedras dia 29, das 9h às 16h, e no Distrito de Tejucupapo dia 30, das 9h às 16h. A Comunidade Quilombola Povoação de São Lourenço também será contemplada com a palestra “Direito e Legislação relacionados à população quilombola” e atendimentos jurídicos dia 31, das 8h às 12h.

A segunda fase, três meses após a primeira, será a realização de audiências em regime de mutirão, interposição de recursos, contrarrazões e arquivamentos, além de atendimentos ao público. As datas previstas para essa etapa em Goiana são de 7 a 11 de outubro. Na terceira e última fase, um mês depois da segunda, ocorrerá novo acompanhamento processual com recebimento de sentenças, recursos, contrarrazões, arquivamentos e atendimento dos assistidos. Essa etapa ocorrerá de 11 a 14 de novembro.

Uma outra novidade é a articulação de prática jurídica com as faculdades de Direito do município, considerando que os atendimentos seguirão todos os trâmites processuais da Justiça Federal. “Tivemos um contato com a AESGA, Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns, em edições passadas que foi um sucesso. Vamos tentar ampliar essa ideia para as outras cidades”, finalizou o defensor público chefe da DPU no Recife, Guilherme Ataíde Jordão. O atendimento da DPU é voltado para pessoas com renda familiar de até dois mil reais.

DPU Para Todos

O objetivo do projeto DPU Para Todos é proporcionar o acesso à justiça, difusão de informações e conscientização de direitos para as populações em situação de vulnerabilidade que residem em localidade distante das unidades da DPU. Com essa ação proativa, a Defensoria vai conseguir ampliar sua atuação, vai poder direcionar políticas institucionais para a população abaixo da linha da miséria, além de poder estar presente na maioria das cidades com varas do Judiciário Federal em Pernambuco.

Como exemplos de resultados pretendidos com essas ações estão a difusão e conscientização dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento jurídico à população alvo que resida em localidade distante ou de difícil acesso; a conscientização de direitos ao público alvo e ampliação de conhecimento acerca da atuação da Defensoria Pública da União, direta ou indiretamente, através da capacitação de agentes comunitários, professores ou outros integrantes da sociedade civil que atuem como multiplicadores de informação junto à população hipossuficiente; e o levantamento de necessidades jurídicas prioritárias das comunidades atendidas para uma possível realização de ações mais específicas posteriormente.

Programação:

DPU Para Todos Goiana/PE (1° semana da 1° fase)

Período: de 27 a 31 de maio de 2019

Atendimento ao público: dia 27, das 14h às 17h; dias 28, 29 e 30 de maio, das 8h às 17h; e dia 31, das 8h às 12h

Local de atendimento ao público: SESC Goiana, localizado na Rua do Arame, Centro, Goiana

Demais serviços voltados para a população nos entornos de Goiana:

- Palestra “A Defensoria Pública da União e suas áreas de atuação” e atendimento no Distrito de Ponta de Pedras: dia 29/05, das 9h às 16h

- Palestra “A Defensoria Pública da União e suas áreas de atuação” e atendimento no Distrito de Tejucupapo: dia 30/05, das 9h às 16h

- Palestra “Direito e Legislação relacionados à população quilombola” e atendimento na Comunidade Quilombola Povoação de São Lourenço: dia 31/05, das 8h às 12h (sendo a palestra das 9h às 11h)

ACAG/MRA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


terça-feira, 21 de maio de 2019

DPU no Recife debate os efeitos sociais da criminalização das drogas no país



Um dia antes da 12ª edição da Marcha da Maconha no Recife, a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife abriu seu auditório, na tarde de sexta-feira (17), para debater os efeitos sociais da criminalização das drogas no Brasil. Participaram do cine debate o defensor público chefe da unidade, Guilherme Ataíde Jordão; a representante do Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco, Ingrid Farias; e o vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL).

“A atuação da DPU no Recife na área criminal é majoritariamente dedicada a defender pessoas presas por drogas, seja por tráfico internacional seja na área militar. E essa última é ainda pior, pois a Lei de Drogas [Lei 11.343/2006] não é aplicada para os militares, eles ainda utilizam uma legislação da época da ditadura [Código Penal Militar – Decreto/Lei 1001/1969], em que independe a quantidade de drogas apreendida. Já cheguei a pegar um caso de apreensão de 0.08 gramas. Era difícil até de identificar pelas fotos anexadas ao processo”, destacou o defensor público federal Guilherme Ataíde Jordão, que antes de ser chefe da unidade atuava na área criminal.

O cine debate teve início com a exibição de uma animação feita pelo núcleo de violência e encarceramento da Plataforma Brasileira de Política de Drogas (BPPD), trazida pela representante do Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco, Ingrid Farias. O vídeo tem duração de nove minutos e reflete a frase: “essa guerra nunca foi contra as drogas, sempre foi contra pessoas, determinadas pessoas”. A animação começa com um relato histórico do consumo de drogas no mundo e demonstra como a criminalização de algumas substâncias está diretamente relacionada ao controle de determinadas populações.

Especificamente no Brasil, mostra que a maconha foi criminalizada primeiro no Rio de Janeiro em 1830 e previa a prisão dos usuários, descritos como “escravos e demais pessoas”. Atualmente, as populações negras, pobres e indígenas são as mais atingidas na guerra às drogas da América Latina. Depois do relato histórico, a animação mostra alguns casos reais de pessoas presas com drogas no Brasil, onde negros e pobres são sempre mais prejudicados do que brancos e ricos. O vídeo está disponível nas plataformas digitais da BPPD. “A política de drogas no Brasil não é contra as drogas. É um projeto político racista de encarceramento e genocídio do povo negro, que impede o debate do real uso de drogas”, enfatizou Ingrid Farias após o vídeo.

Ingrid Farias também é a organizadora da Marcha da Maconha no Recife há nove anos. “Amanhã [18] teremos a 12ª Marcha da Maconha no Recife. É um dos poucos atos políticos que acontecem todo ano no Brasil. O usuário de drogas também é um sujeito político e eu demorei muito a entender isso. Estamos num processo de excluir essas pessoas aos olhos da sociedade e isso precisa ser combatido”, disse a militante destacando o projeto de lei complementar que está sendo trabalhado em Brasília para reformular negativamente o Sistema Nacional de Política sobre Drogas. A representante do Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco também distribuiu a cartilha “Fique Suave – cartilha de redução de danos e direitos dos usuários de drogas”, que será oficialmente lançada durante a marcha.



Para o vereador Ivan Moraes, a Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) não traz critérios objetivos que diferencie traficante e usuário e não trata do acolhimento das pessoas que fazem uso problemático dessas substâncias. “É fundamental que as políticas sobre drogas saiam do aparelho coercitivo do Estado e parem de ser obrigação de polícia e de prisão. Precisa ser uma política pública de saúde, atenção e assistência. É fundamental que se preserve a liberdade dos corpos das pessoas, que elas possam decidir livremente o que usar, ao mesmo tempo que é imprescindível que as pessoas que fazem uso problemático possam receber o cuidado necessário. É preciso também ter educação desde cedo, as pessoas precisam conhecer o que são essas substâncias para ter o discernimento de usar ou não”, comentou Ivan Moraes.

Segundo o defensor Guilherme Ataíde Jordão, foi um momento enriquecedor de escuta do movimento que pauta a necessidade de uma nova abordagem estatal sobre a questão. “De fato, não podemos continuar repetindo políticas públicas tão sabidamente equivocadas assim. Quando conversamos de perto com o movimento e analisamos a situação, percebemos o quanto precisamos acabar com essa política autoproclamada de ´guerra às drogas´. E quem veio ao debate mostrou o quanto isso é urgente”, finalizou Jordão.

ACAG/MRA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

https://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/50631-dpu-no-recife-debate-os-efeitos-sociais-da-criminalizacao-das-drogas-no-pais

segunda-feira, 20 de maio de 2019

DRDH participa de audiência pública sobre falta de medicamentos em PE



O desabastecimento de medicamentos na Farmácia do Estado de Pernambuco foi debatido em audiência pública na manhã de quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). A Defensoria Regional de Direitos Humanos em Pernambuco (DRDH/PE), da Defensoria Pública da União (DPU), esteve entre os órgãos convidados pela Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, que promoveu a discussão.

“A audiência ocorre no contexto de uma verdadeira crise de abastecimento de medicamentos na Farmácia do Estado. São milhares de pessoas que podem perder a vida ou sofrer um agravamento na doença por falta do medicamento”, destacou o defensor público federal André Carneiro Leão, titular da Defensoria Regional de Direitos Humanos em Pernambuco.

O debate foi proposto pelo deputado estadual William Brigido (PRB) e presidido pela deputada Jô Cavalcanti (Juntas/PSOL). Além do defensor regional de direitos humanos estavam presentes a deputada Priscila Krause (DEM); o deputado João Paulo (PCdoB); representantes do Ministério da Saúde, Kamilla Correia; do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), promotora Helena Capela; da Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE), Luana Melo; do Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco, Veridiana Ribeiro, que também tem assento no Conselho Estadual de Saúde; e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Fabiana Dano Bernart, que também atua na Prefeitura de Paulista (PE).

Segundo o defensor André Carneiro Leão, a Defensoria é responsável por grande parte das ações individuais que visam a assegurar o direito à saúde das pessoas, em sua maioria pobres. “Além das ações individuais, na DRDH temos duas ações coletivas ajuizadas em decorrência da omissão inconstitucional do Poder Público. Uma para garantir bolsa de colostomia para ostomizados e outra para que sejam fornecidos os medicamentos necessários para pacientes com fibrose cística”, lembrou Leão.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco não mandou representantes para o debate, enviando apenas uma nota que foi lida pelo deputado João Paulo, integrante da base do Governo. Alguns pacientes e familiares assistiram a audiência e exibiram cartazes com pedido de socorro. A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular deve monitorar o reabastecimento da Farmácia do Estado após o dia 20 deste mês.

Com informações da Alepe

ACG/MGM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


sexta-feira, 17 de maio de 2019

Garanhuns, Goiana e Arcoverde recebem projeto itinerante da DPU em 2019


A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife levará o projeto DPU Para Todos para três municípios de Pernambuco em 2019: Garanhuns, Goiana e Arcoverde. As cidades foram selecionadas por serem sedes de subseções da Justiça Federal. O diferencial do projeto nessa edição é o ajuizamento e o acompanhamento das ações ao longo de todo o ano.

O DPU Para Todos é um projeto que leva educação em direitos e atendimento jurídico para cidades que não têm a presença da Defensoria Pública da União, mas que têm demandas cotidianas de defesa judicial das suas populações mais vulneráveis. Este ano, a Defensoria conta com a parceria das prefeituras e das subseções da Justiça Federal dos municípios selecionados.

A ideia é fazer a atuação do projeto em três fases. Na primeira, de maio a julho, ocorrerá o atendimento e o ajuizamento de ações perante as respectivas subseções judiciárias. Nessa etapa, cada cidade receberá o itinerante durante duas semanas, com espaço de tempo entre elas. Garanhuns, de 20 a 24 de maio e de 10 a 14 de junho, na Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (Aesga), localizada na Avenida Caruaru, em Heliópolis. Goiana, de 27 a 31 de maio e de 17 a 21 de junho, no SESC Goiana, localizado na Rua do Arame, Centro. E Arcoverde, de 3 a 7 de junho e de 1º a 5 de julho, no anexo da Prefeitura municipal, localizado no Centro.

A segunda fase, três meses após a primeira, será a realização de audiências em regime de mutirão, interposição de recursos, contrarrazões e arquivamentos, além de atendimentos ao público. As datas previstas para essa etapa são Garanhuns, de 30 de setembro a 4 de outubro; Goiana, de 7 a 11 de outubro; e Arcoverde, de 14 a 18 de outubro.

Na terceira e última fase, um mês depois da segunda, ocorrerá novo acompanhamento processual com recebimento de sentenças, recursos, contrarrazões, arquivamentos e atendimento dos assistidos. Essa etapa ocorrerá no mês de novembro, sendo Garanhuns, de 4 a 8; Goiana, de 11 a 14; e Arcoverde, de 18 a 21.

Uma outra novidade para este ano é a articulação de prática jurídica com as faculdades de Direito dos municípios, considerando que os atendimentos seguirão todos os trâmites processuais da Justiça Federal. “Tivemos um contato com a Aesga, Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns, em edições passadas que foi um sucesso. Vamos tentar ampliar essa ideia para as outras cidades”, finalizou o defensor público-chefe da DPU no Recife, Guilherme Ataíde Jordão. O atendimento da DPU é voltado para pessoas com renda familiar de até dois mil reais.

DPU Para Todos

O objetivo do projeto DPU Para Todos é proporcionar acesso à Justiça, difusão de informações e conscientização de direitos para as populações em situação de vulnerabilidade que residem em localidade distante das unidades da DPU. Com essa ação proativa, a Defensoria vai conseguir ampliar sua atuação, vai poder direcionar políticas institucionais para a população abaixo da linha da miséria, além de poder estar presente na maioria das cidades com varas do Judiciário Federal em Pernambuco.

Como exemplos de resultados pretendidos com essas ações estão a difusão e a conscientização dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento jurídico à população alvo que resida em localidade distante ou de difícil acesso; a conscientização de direitos ao público alvo e ampliação de conhecimento acerca da atuação da DPU, direta ou indiretamente, por meio da capacitação de agentes comunitários, professores ou outros integrantes da sociedade civil que atuem como multiplicadores de informação perante a população hipossuficiente; e o levantamento de necessidades jurídicas prioritárias das comunidades atendidas para uma possível realização de ações mais específicas posteriormente.

Serviço:
DPU Para Todos (primeiras semanas de atendimento jurídico gratuito)
Garanhuns
Período: de 20 a 24 de maio de 2019
Atendimento ao público: de 21 a 23 de maio, das 8h às 17h, Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (Aesga), na Avenida Caruaru, s/n, Heliópolis, Garanhuns.
Goiana
Período: de 27 a 31 de maio de 2019
Atendimento ao público geral: de 28 a 30 de maio, das 8h às 17h, no SESC Goiana, na Rua do Arame, Centro, Goiana.
Arcoverde
Período: de 3 a 7 de junho de 2019
Atendimento ao público geral: de 4 a 6 de junho, das 8h às 17h, no anexo da Prefeitura municipal, na Rua Capitão Arlindo Pachêco de Albuquerque, n° 88, Centro, Arcoverde.

ACG/MGM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


Estudantes de Direito visitam unidade da DPU no Recife



A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife recebeu cerca de 30 estudantes do curso de Direito da Faculdade Damas na tarde dessa quarta-feira (15). A visita institucional foi uma atividade complementar promovida pela defensora pública federal Maíra de Carvalho Pereira Mesquita, também professora de Processo Civil da faculdade. Após conhecerem as instalações e o fluxo de trabalho, os alunos puderam se juntar a um grupo de estagiários da casa e assistir à palestra Da DPU para a Vida.

A defensora Maíra Mesquita iniciou a visita por volta das 14h30 pelo setor de atendimento ao público, onde contou com a explanação dos servidores Francisco Rodrigues Sotero Caio, supervisor do atendimento, e Tereza Cristina Cerqueira da Veiga Pessoa, atendente. “É muito importante que eles vejam como um problema na vida real se transforma em processo dentro da DPU. É uma verdadeira aula prática”, destacou a defensora.

A chegada do assistido, a triagem com identificação de competências e urgências, análises de documentos, a abertura do Processo de Assistência Jurídica (PAJ) e a distribuição automática para os defensores, o atendimento pelo defensor plantonista, o limite de renda, os retornos e consultas foram alguns dos pontos abordados. “Após aberto o PAJ, temos alguns setores que podem auxiliar os defensores na elaboração da petição inicial ou na continuidade do processo, como o setor de Perícia Médica, o setor de Cálculos e o setor de Serviço Social”, lembrou Mesquita.



Acompanhando o fluxo interno dos PAJs, a visita seguiu para os andares dos gabinetes dos defensores e os estudantes puderam entender como se dá a divisão dos ofícios em Previdenciário, Civil, Criminal e Regional, além da atuação dos defensores da abertura do PAJ à atuação no Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa etapa, a atividade contou com a participação do defensor Fernando da Cunha Cavalcanti, explicando como é o trabalho na área Regional.



A última parte da visita guiada foi no auditório, onde o defensor Ricardo Russell Brandão Cavalcanti fez uma apresentação sobre a atuação da DPU e, posteriormente, fez uma introdução ao evento Da DPU para a Vida. “Já que vocês puderam conhecer o funcionamento da DPU com a visita guiada, agora vocês poderão saber a importância da Defensoria na vida de duas ex-estagiárias nossas e de como é o estágio por aqui”, ressaltou Russell.

Da DPU Para a Vida



Aproveitando a presença dos estudantes da Faculdade Damas, a terceira edição do evento Da DPU para a Vida contou com a participação das ex-estagiárias Helena Rocha Coutinho de Castro e Luize Ivila Santos da Rocha. Além das ex-estagiárias, o defensor Ricardo Russel convidou a defensora Maíra Mesquita para coordenar a mesa no seu lugar. “Acho que nessa mesa a representatividade feminina precisa ser de cem por cento, então eu vou atuar apenas como mestre de cerimônia”, brincou Russell.



Helena Castro estagiou na DPU no Recife entre 2011 e 2013, atuando quase todo o tempo na área criminal. Ela se formou em 2014, terminou o mestrado e está fazendo o doutorado. Atualmente atua como professora de Processo Penal e Prática Penal e como pesquisadora do Grupo Asa Branca de Criminologia. “Quando comecei na DPU me apaixonei pela área criminal. Quando temos a oportunidade de conversar com os assistidos e saber a diferença que fizemos na vida deles é muito bom. O contato com o assistido faz lembrar que existe uma pessoa por trás daquele processo. Foi um período muito importante para mim. Foi a partir da DPU que eu me aproximei da academia e da pesquisa. Foi a partir da prática na DPU que me tornei a profissional que sou hoje”, disse.

Louisi Ivila é formada pela Universidade Católica de Pernambuco, pós-graduada em Processo Civil e sócia da A&G Consultores e associados, empresa que presta assistência jurídica para seguradoras. “A Defensoria teve um papel fundamental na minha vida, tanto relativo ao conhecimento jurídico quanto pessoalmente. A DPU tem um papel transformador na vida de todos que passam por aqui”, afirmou.

ACG/MGM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


terça-feira, 14 de maio de 2019

DPU acompanha audiência sobre direitos dos povos indígenas no Recife

Foto: Nando Chiappetta / Alepe

Representantes de 13 povos indígenas de Pernambuco compareceram em uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), na manhã da última sexta-feira (10), onde debateram, entre outros assuntos, a educação e a violação dos direitos à saúde da população indígena. O defensor regional de direitos humanos (DRDH) da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, André Carneiro Leão, acompanhou o debate, que contou com a presença de mais de 300 indígenas, lotando o auditório da casa legislativa.

A audiência foi convocada pela Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Alepe, que é presidida pelas codeputadas Juntas (PSOL). “A audiência ocorreu dentro de um contexto de várias mobilizações dos povos indígenas do Estado, em resposta às medidas anunciadas pelo novo Governo Federal. Considero que foi um momento histórico, pois o Poder Legislativo de Pernambuco ouviu diretamente as demandas dos povos indígenas”, comemorou o defensor André Carneiro Leão.

Foto: Yane Mendes / Juntas

O representante da DPU no Recife entrou na composição da mesa no decurso da audiência. “Destaquei que a Defensoria tem por dever funcional garantir o acesso à Justiça dos grupos vulnerabilizados. Esclareci que estamos atentos e preocupados com as possíveis consequências das propostas de municipalização da saúde indígena, de armamento e incremento do conflito no campo, de suspensão dos processos de demarcação e de criminalização das lideranças indígenas”, destacou o DRDH/PE, André Carneiro Leão.

Além das codeputadas Juntas, Joelma Carla e Jô Cavalcanti, e do DRDH/PE da DPU, André Carneiro Leão, participaram do debate os deputados estaduais João Paulo (PCdoB) e Cleiton Collins (PP); os deputados federais Carlos Veras (PT) e Túlio Gadêlha (PDT); cacique Marcos Xucuru e Sarapó Pankararu, pela Articulação dos Povos indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo(Apoinme); Carmen Pankararu, pelo Sindicato dos Profissionais e Trabalhadores em Saúde Indígena (Sindicopsi); Tiago Xukuru, pela Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (Copipe); Valda Inês, pelo Distrito Sanitário Especial Indígena de Pernambuco (Dsei); José Carajá, pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi); Ana Peres, representando a Secretaria Estadual de Saúde; Welcherline Miranda, pela Secretaria Estadual de Educação; e Gleibson Maciel, pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário. A procuradora da república em Serra Talhada, Maria Beatriz Ribeiro, também acompanhou a audiência pública.

Como encaminhamentos, a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular vai acompanhar a questão da construção de uma Usina Nuclear no município de Itacuruba por meio de outra audiência pública e da aproximação com o tema; tentar criar na Alepe uma Frente em Defesa dos Povos Indígenas e, por meio dela, implantar uma política de educação indígena adequada aos 14 povos indígenas de Pernambuco; mapear os povos indígenas e as suas demandas específicas de proteção; além de agendar e mediar reunião entre os representantes dos povos indígenas e do Governo estadual.

Com informações das codeputadas Juntas

ACAG/MRA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União


quinta-feira, 9 de maio de 2019

DPU no Recife recebe doação de computadores do TRT 6ª Região

Foto: Elysangela Freitas/TRT6

A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife formalizou na manhã desta terça-feira (07) o recebimento de uma doação de 106 unidades centrais de processamento (CPUs) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE). O documento de doação de bens foi assinado pelo defensor público chefe da unidade, Guilherme Ataíde Jordão, e pelo presidente do TRT-PE, o desembargador Valdir Carvalho, na sede do Tribunal, localizado no bairro do Recife Antigo.

“Com essa doação vamos conseguir renovar todo o parque tecnológico da DPU no Recife, com a troca de todos os computadores por máquinas com uma configuração melhor”, destacou o defensor Guilherme Ataíde Jordão. No ato de assinatura também estavam presentes o diretor da Secretaria Administrativa do TRT-PE João André Pegado e o servidor da DPU Rafael Filipe Souza da Silva. As CPUs serão transportadas para a Defensoria até o final desta semana.


ACAG
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

terça-feira, 7 de maio de 2019

DRDH/PE participa de escuta pública sobre povos indígenas no Recife

Foto: UNICAP

O defensor regional de direitos humanos (DRDH) da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, André Carneiro Leão, participou, no dia 30 de abril, da 1° escuta pública sobre a situação dos Povos Indígenas de Pernambuco, realizada na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), com a participação de cinco lideranças indígenas. O evento foi promovido pela Cátedra Dom Helder Câmara de Direitos Humanos e pelo Instituto Humanitas, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade de Pernambuco (UPE).

Durante cerca de duas horas, as lideranças indígenas dos povos Pankararu, Fulni-ô, Xukuru, Atikum e Truká puderam falar sobre a situação atual de suas comunidades no Estado, as demandas das tribos individual e coletivamente, além das preocupações com a mudança de governo. “Sou de um povo historicamente aguerrido e de tradições fortes. E assim como todos os índios do Brasil estamos aí há 519 anos resistindo. Esse ano é um ano de grandes desafios”, destacou Carmem Pankararu. “As pautas da nova gestão para o Brasil são extremamente ameaçadoras, pois tratam do que temos de mais sagrado, que é a nossa terra. Os povos indígenas não serão povos indígenas sem a terra”.

As recentes medidas provisórias do Governo Federal foram destaque nas declarações de todas as lideranças. “Sabemos que historicamente a Funai não foi um parceiro dos povos indígenas, mas de certa forma eles vinham desempenhando um papel muito importante para os índios. Porque quando a demarcação de terra passa para o outro lado, para o lado das pessoas que historicamente sempre nos perseguiram, sempre assassinaram indígenas, podemos chamar isso de genocídio”, disse Tiago Xukuru. “Tudo isso em prol do progresso? Que progresso é esse? Que modernidade é essa? Que tipo de democracia é essa que vem se estabelecendo no nosso país?”.
Para Ana Maria Sobrinho, da etnia Atikum, apesar dos problemas, o povo indígena é forte. “Cada dia que passa o que tínhamos conquistado vai diminuindo e não sabemos onde vamos parar com tanta regressão. Mas o movimento é forte e estamos aqui para lutar”, ressaltou.

O DRDH André Carneiro Leão, que acompanhou a escuta, também se pronunciou explicando como a Defensoria Pública da União está atuando em prol das comunidades indígenas. "A DPU acompanha o cumprimento da decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos em relação ao povo Xukuru, o processo de desintrusão das terras do povo Pankararu e outros processos específicos de demarcação. Estamos preocupados com a mudança na política de atendimento às comunidades indígenas e com a possibilidade de aumento das mortes no campo. A criminalização das lideranças indígenas também é uma matéria para a qual devemos estar atentos. E após o processo de reestruturação da Funai, toda a defesa criminal dos indígenas passou a ser feita pela DPU”, enfatizou Leão.

Além da participação da DPU, o evento contou com a presença da procuradora federal Maria Beatriz Ribeiro, de estudantes e professores universitários e alunos do Colégio Liceu Nóbrega.

*Com informações da Unicap


ACAG/KNM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União