quinta-feira, 29 de junho de 2017

DPU no Recife participa de audiência sobre comunidade quilombola

A Defensoria Pública da União no Recife participou de audiência, na segunda-feira (19), na sede das Promotorias de Justiça de Ipojuca, para compartilhar informações sobre o caso da comunidade quilombola Ilha de Mercês, de Ipojuca, e sobre os conflitos entre os moradores dessa comunidade e os fiscais de campo de Suape. Participaram da reunião representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e do Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF/PE).

Como deliberação, ficou decidido oficiar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em caráter de urgência, para dar conhecimento do procedimento de certificação da comunidade quilombola Ilha de Mercês, atentando para a necessidade de garantir a posse da comunidade na terra tradicionalmente ocupada, garantindo a demarcação e segurança aos moradores.

O defensor público federal Geraldo Vilar, do Ofício Regional de Direitos Humanos no Recife, compareceu à audiência presidida pela promotora de Justiça de Ipojuca, Bianca Stella Barroso, em conjunto com duas promotoras de Justiça designadas para atuarem nesse caso, Janaína do Sacramento e Alice Morais.

Também participaram da audiência o procurador da República com atribuições no Cabo de Santo Agostinho, Antônio Rayol, a representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Bernadete Lopes, a coordenadora do GT Racismo do MPPE, Maria Bernadete Figueiroa, o presidente da Associação dos Moradores da Comunidade Ilha de Mercês, Magno Araújo e o morador da comunidade José Reis da Silva.

MPF – O Ministério Público Federal em Pernambuco realizou, ainda na segunda-feira (19), audiência pública para debater a regularização das terras ocupadas por remanescentes das comunidades quilombolas. O evento aconteceu no auditório da Procuradoria da República em Pernambuco, com a participação da DPU no Recife. Na audiência foi discutida a legalidade e a constitucionalidade do Decreto 4887/2003, que regulamenta os procedimentos para identificação, reconhecimento, delimitação e titulação das terras ocupadas por remanescentes de quilombos.

Alepe – A Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco também promoveu uma audiência pública, na terça-feira (20), sobre julgamento da constitucionalidade do Decreto Federal 4.887/2003 que regulamenta a demarcação e titulação das terras dos povos remanescentes de quilombolas no Brasil. Promovida pelas comissões de Justiça e de Educação e Cultura da Alepe, a discussão envolveu representantes dessas comunidades, da Defensoria Pública da União no Recife, de movimentos sociais de Pernambuco e de outros estados. Segundo o defensor público federal Geraldo Vilar, a ação é um desdobramento do processo de desapropriação de terra feito em 2003, em benefício da comunidade quilombola de Acauã, localizada no município de Poço Branco, no Rio Grande do Norte. A medida foi questionada judicialmente pelos antigos proprietários do local.

Com informações da Assessoria Ministerial de Comunicação Social do MPPE, da Assessoria de Comunicação da Alepe e da Assessoria de Comunicação Social do MPF/PE


http://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/44-noticias-pe-geral/38004-dpu-no-recife-participa-de-audiencia-sobre-comunidade-quilombola