A sexta-feira (2) foi um dia diferente para
defensores, servidores, terceirizados e estagiários que trabalham na Defensoria
Pública da União (DPU) no Recife e na Defensoria Pública do Estado de
Pernambuco (DPPE). As duas instituições se uniram em prol de uma campanha que
envolvia doação de sangue e cadastro de doadores de medula óssea, em parceria
com a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). A coleta de
sangue aconteceu na sede da DPPE, no bairro da Boa Vista, no Recife.
A ação foi organizada pela defensora pública federal
Fernanda Marques Cornélio juntamente com as defensoras públicas estaduais Ana
Portela e Roberta Pitanga. “O Hemope é o único banco de sangue público do
Estado e eles estão sempre precisando de doações. Soubemos que eles faziam
parcerias com os órgãos públicos e resolvemos criar essa campanha”, destacou
Fernanda Marques, que também fez a sua doação de sangue e complementou.
“Esperamos incentivar outros órgãos públicos a tomar a mesma iniciativa.”
O defensor público-chefe da DPU no Recife, André
Carneiro Leão, também marcou presença na ação. “A doação é um gesto de
solidariedade. Não dói, não atrapalha a vida em nada, mas por outro lado
representa muito para a vida de quem precisa”, afirmou Leão. O servidor Patrício
Antônio Barbosa da Silva já é doador do Hemope há 10 anos e fez questão de
fazer a sua parte nessa campanha. “Considero a doação uma forma humanitária de
lidar com a sociedade. Comecei a doar na época em que praticava esportes pela
Marinha. Acabei mantendo essa rotina por opção”, disse o economista.
A servidora Catarina Montarroyos Guedes Alcoforado
Pacífico procurou a campanha principalmente por conta do cadastro de doadores
de medula óssea. “Eu já sou doadora de órgãos e tecidos. Quando começamos a
entender o problema de falta de doadores, acabamos nos sensibilizando. Então,
porque não aumentar a chance de uma pessoa que precisa? Amanhã pode ser você ou
um parente seu precisando”, disse a servidora. A defensora Maíra de Carvalho
Pereira Mesquita também estava com o mesmo foco. “Não posso doar sangue por
conta da minha hipoglicemia. Mas posso contribuir para o cadastro de doadores
de medula óssea”, destacou a defensora.
A terceirizada Isabela Pereira dos Santos criou coragem
e foi doar sangue pela primeira vez. “Minha mãe precisou de transfusão de
sangue há mais de um ano e, desde então, eu tinha vontade de doar”, disse a
jovem de 21 anos. Os estagiários da DPU no Recife também marcaram presença na
ação. “Já tentei doar outras vezes em campanhas como essa, mas não estava em
condições. É mais fácil aproveitar esse tipo de ação do que se deslocar até o
Hemope”, afirmou o estagiário Caio Jordão.
A representante do Hemope e assistente social Isaura
Capiberibe destacou que a Fundação trabalha sempre com déficit de algum tipo de
sangue, principalmente os negativos e as plaquetas. “Essas oportunidades são
maravilhosas porque é mais fácil doar no seu ambiente de trabalho do que se
deslocar até o Hemope, ou até mesmo despertar para a necessidade de doação sem
ter alguém próximo precisando”, finalizou.
Apesar da grande procura, muita gente foi considerada
inapta temporariamente por conta de anemia, alergia ou alguma virose. Ao final
do dia, o Hemope coletou 48 bolsas de sangue e 43 amostras para avaliação do
cadastro de medula óssea. A data da próxima campanha de doação entre DPU, DPPE
e Hemope já está marcada, será no dia 19 de maio de 2017, data em que se
comemora o Dia Nacional da Defensoria Pública.
http://www.dpu.gov.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/32860-defensorias-e-hemope-fazem-campanha-de-doacao-de-sangue-no-recife