Seguindo as vistorias executadas pela Defensoria
Pública da União (DPU) em hospitais que atuam no tratamento do câncer de mama
em todo o país, a unidade do Recife fez uma nova ação na manhã desta
terça-feira (25) visitando o Hospital Universitário Oswaldo Cruz, localizado no
bairro de Santo Amaro, na capital pernambucana. A vistoria tem o objetivo de
verificar as marcações de exames e consultas, os equipamentos e tratamentos
disponibilizados pela unidade hospitalar na área de mastologia.
“Dando continuidade à ação de vistorias iniciada na
última quarta-feira com o Hospital do Câncer aqui no Recife, resolvemos
vistoriar dessa vez o Hospital Oswaldo Cruz, que também é uma unidade de
referência para casos de alta complexidade. Viemos para conhecer a realidade do
hospital e ajudar nos possíveis problemas”, destacou o defensor público federal
Djalma Pereira.
No Oswaldo Cruz, a equipe da DPU no Recife foi recebida
pela diretora da unidade, Izabel Avelar, e pelo diretor médico, Gustavo
Trindade. A direção indicou a superintendente de planejamento do hospital,
Marcia Crócia, para acompanhar a equipe pelos setores de radiologia e
mastologia. No setor de mastologia, a equipe teve uma reunião com o gerente
médico da área, João Esberard.
“O serviço de mastologia precisa tratar o paciente como
um todo. É isso que fazemos aqui”, afirmou o médico João Esberard. O tratamento
multidisciplinar pôde ser constatado em uma das conversas com pacientes que
estavam no hospital no momento da vistoria. E.A.S. fez todo o tratamento do
câncer de mama no Oswaldo Cruz e segue realizando sessões de fisioterapia na
própria unidade hospitalar. “Passei uns quatro meses para fazer a mamografia,
aí fiz a biopsia no mesmo mês e a cirurgia um mês depois”, disse a paciente,
que continua recebendo o auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) por ainda não ter condições para trabalhar.
“Soubemos de alguns redirecionamentos de paciente de um
hospital para outro nos casos menos graves. Vamos tentar contato com a
Secretaria de Saúde e repassar todas as informações para o ofício regional de
direitos humanos da DPU para uma análise mais apurada”, destacou Djalma
Pereira.
Segundo o defensor público-chefe da DPU no Recife, Igor
Roque, alguns dos problemas identificados pelas pacientes abordadas são
referentes aos equipamentos. “Os pacientes não têm muitas queixas e, quando
têm, referem-se aos equipamentos. Mas são questões que aparentemente são
rapidamente solucionadas. De qualquer forma, quando um equipamento quebra, a
população acaba ficando um intervalo de tempo desassistida. Vamos analisar o
que esse tipo de situação causa para a população, no que se refere ao
tratamento, com o objetivo de solucionar o problema ou viabilizar
alternativas”, finalizou Igor Roque.
Além dos defensores Djalma Pereira e Igor Roque,
participaram da vistoria o defensor Renato Moreira, os médicos peritos da DPU
no Recife Claudio Cunha e Ronaldo Doering, o servidor Joás Dinarte e os
estagiários Eloah Galindo, Cecília Brêda e Gilmar Ferraz.