sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Representantes da DPU tomam posse no Conselho Penitenciário de Pernambuco


Desde a modificação da Lei Complementar 80, em 2009, com a inclusão do inciso VIII no artigo 18º, estabelecendo a participação dos defensores públicos federais nos Conselhos Penitenciários, a Defensoria Pública da União (DPU) vem ganhando representatividade nos Conselhos Estaduais. A mais nova designação aconteceu para o Conselho Penitenciário de Pernambuco, com a posse dos novos membros na manhã de terça-feira (9). 

Os defensores públicos federais que tomaram posse no conselho foram Guilherme Ataíde Jordão, chefe da DPU no Recife, como membro titular, e Gustavo Henrique Coelho Hahnemann, chefe substituto da DPU em Caruaru, como membro suplente. "Estamos muito felizes com a entrada da DPU no Copen. Não apenas porque era uma atribuição legal nossa que estava defasada no estado, mas principalmente porque a questão penitenciária é muito problemática no país e, especialmente, em Pernambuco. Esperamos poder contribuir no sentido da melhoria das condições do sistema prisional também participando do Conselho. E, para isso, queremos contar com a aproximação dos movimentos e entidades que trabalham com direito prisional", destacou o defensor Guilherme Ataíde Jordão.

A Defensoria Pública do Estado de Pernambuco também ganhou espaço no grupo e indicou as defensoras públicas estaduais Marianna Granja de Oliveira Lima, como titular, e Joana Malheiros Feliciano, como suplente. Além dos representantes das duas Defensorias, a nova composição do Conselho Penitenciário de Pernambuco conta com o advogado Jorge da Costa Pinto Neves na presidência, com o médico Tácito Augusto Medeiros e com os advogados Karina Nogueira de Vasconcelos, Samuel Rodrigues dos Santos Salazar e Bruno César Machado Torres Galindo, além de seus respectivos suplentes: o advogado Pedro Paulo Spencer Soares, a médica Jane Lemos e os advogados Danielle Cavalcanti de Almeida Castro, Yuri Azevedo Herculano e Ana Karina Menezes Brown.

”O Conselho é um dos oito órgãos da execução penal e, na prática, é considerado um elo entre o Poder Executivo e o Poder Judiciário. A entrada das duas Defensorias é decisiva para a melhoria do Conselho Penitenciário de Pernambuco”, afirmou Jorge Neves.


Conselho Penitenciário

É um órgão colegiado com funções consultivas e fiscalizadoras. Segundo o artigo 70 da Lei 7.210 de 1984, que institui a Lei de Execução Penal, são atribuições do conselho: emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, inspecionar os estabelecimentos e serviços penais, apresentar relatório de trabalho ao Conselho de Política Criminal e Penitenciária, supervisionar os patronatos e dar assistência aos egressos.

O Conselho Penitenciário de Pernambuco é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Governo do Estado e está localizado na Rua Floriano Peixoto, 141, bairro de São José, no Recife. Além das atribuições previstas em lei, também realiza solenidades de livramento condicional e participa, desde 2007, das reuniões do programa Pacto pela Vida. Os conselheiros realizam duas reuniões semanais, às terças e quintas-feiras, sempre no período da manhã. Seus membros têm mandato de quatro anos.