A Defensoria Pública da União no Recife visitou, nesta
segunda-feira (15), o Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, zona
norte da capital pernambucana, como parte da programação da semana do Dia
Nacional da Defensoria Pública. A unidade de saúde é uma referência estadual
para o tratamento de doenças infectocontagiosas, especificamente Aids (Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida) e meningite. Foi realizada uma reunião com a
diretoria do Hospital e os defensores públicos federais também conheceram as
instalações da instituição.
O defensor público federal Pedro de Paula Lopes
Almeida, chefe da DPU no Recife, disse que o propósito da visita era de
conhecer a realidade do hospital e colocar à disposição a atuação da DPU.
“Viemos para saber quais são as principais demandas dos pacientes e colaborar
com o que for possível”, afirmou Almeida.
A diretora do Correia Picanço, Ângela Karine Queiroz e
Silva, agradeceu a visita e explicou que o hospital vem sofrendo com o
desabastecimento de medicação (antirretrovirais e para doenças oportunistas),
que fica em falta com o atraso na entrega por conta de uma logística
ineficiente. “E em relação à saúde, é sempre uma questão difícil, com
precariedade de recursos e da estrutura”, disse.
Estavam presentes na reunião os defensores públicos
federais Geraldo Vilar e Ricardo Russell, o médico-perito da DPU, Cláudio da
Cunha, o assessor da chefia da DPU, Rafael Souza, e representantes das
organizações não governamentais Gestos, Kariana Gueiros e João Cândido e Grupo
de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), Wladimir Reis. Também participou o
diretor médico do hospital, Rodrigo Menezes.
Hospital – De acordo com a Secretaria de Saúde do
Estado de Pernambuco, a instituição atende 60% das demandas dos pacientes com a
doença de todo o estado e é o único serviço especializado no tratamento das
vítimas de meningite (adulto ou pediatria). A unidade também é referência para
acidente de trabalho em profissionais da área de saúde com exposição a material
biológico e exposição sexual acidental.
O ambulatório, que atende uma média de três mil pessoas
por mês, contempla várias especialidades voltadas para pessoas vivendo com o
HIV (sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana). Pacientes de todo o
estado são recebidos para realizarem o procedimento, inclusive vindos de
hospitais da rede privada.