quinta-feira, 25 de maio de 2017

Caixa apresenta nova equipe na rodada de conciliação com a DPU no Recife


As rodadas de conciliação entre a Defensoria Pública da União no Recife e a Caixa Econômica Federal Regional Recife começaram em 2012. Durante esses cinco anos de existência houve diferentes mudanças de equipes, lugares e formato das audiências entre os órgãos. A novidade agora é que a Caixa está com um setor específico de conciliação dentro do Jurídico do banco na capital pernambucana. A primeira conciliação após essa mudança aconteceu na manhã dessa quarta-feira (24), no bairro da Ilha do Leite.

A Caixa Econômica Federal agora dispõe de um setor de conciliação no Jurídico da Regional Recife. A equipe é composta por três advogados da Caixa e quatro estagiários. Dois dos três advogados estiveram na rodada de conciliação com a DPU nessa quarta-feira (24): André Luís Meireles Justi e Aldo Lins e Silva Pires. A terceira integrante é a advogada Rebecca Meira Virgínio.

“É bem interessante a criação desse setor pela Caixa. Acho que gera uma uniformidade no tratamento das demandas. Assim, ao longo das ações, vamos saber qual é o posicionamento da equipe para os diferentes problemas que chegam na Defensoria”, destacou o defensor público federal José Henrique Bezerra Fonseca, que acompanhou as cinco audiências de conciliação marcadas para o evento de maio, ao lado do economista Patrício Barbosa e da estagiária Brenda dos Santos.

“O jurídico da Caixa tem como objetivo resolver casos que ainda não tenham sido judicializados. Partimos do pressuposto de que todos que trazem demandas agem de boa-fé, então queremos resolver o problema. Essa parceria com a DPU é muito importante”, afirmou André Luís Meireles Justi, que foi designado como coordenador do setor de conciliação no Jurídico da Caixa no Recife.

Entre os assistidos que participaram da conciliação de maio estava o senhor J.A.S., que foi assaltado em junho de 2016 dentro de uma agência do banco no município de Jaboatão dos Guararapes. “Eu fui sacar dinheiro cedinho. Era umas seis e meia da manhã. Consegui tirar quatrocentos reais e o caixa preferencial apagou. Aí tive que ir para outro caixa eletrônico para sacar o resto, mas acabou que um senhor que estava atrás de mim na fila me abordou. Ele sacou mil reais meu”, lembrou J.A.S., que procurou a agência posteriormente para pedir as imagens das câmeras de segurança, mas as câmeras só registraram imagens a partir das sete horas da manhã naquele dia.

O cidadão fez boletim de ocorrência na polícia e deu entrada em um pedido administrativo na própria agência, sem sucesso. Então procurou a DPU no Recife no início desse ano. No caso do senhor J.A.S., durante a conciliação, a Caixa lançou uma proposta de devolver integralmente e com correção o dinheiro perdido no assalto, mas o defensor José Henrique ressaltou a necessidade do recebimento de algum valor referente aos danos morais, considerando as várias tentativas do assistido para resolver o problema sem sucesso. Os representantes do banco, então, sugeriram um valor de R$ 500 de danos morais, além do valor roubado e corrigido. A proposta foi aceita por J.A.S., sendo assim, firmado o acordo.