sexta-feira, 1 de julho de 2016
A rodada de conciliação do mês de junho entre a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife e a Caixa Econômica Federal - Regional Recife aconteceu na manhã dessa quinta-feira (30), na sede da superintendência do banco, no bairro da Ilha do Leite. Treze assistidos foram convidados a resolver extrajudicialmente seus problemas com a Caixa, dos quais nove conseguiram firmar acordos de conciliação ou encaminhamentos para posterior resolução do problema.
A cada rodada, dois assistidos eram atendidos simultaneamente por dois grupos com representantes da DPU e da Caixa. As demandas foram divididas entre comercial e habitacional. Os casos da área comercial envolveram títulos de capitalização, erro de pagamento do cartão de crédito em lotérica, problemas com o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), empréstimo consignado, saque indevido e fraude. Já na área habitacional, foram debatidos problemas como a utilização do Fundo Garantidor da Habitação (FGHab), atrasos nas parcelas de financiamento, renegociação de dívidas e leilão de imóvel.
J.C.S.S. fez dois títulos de capitalização com a Caixa na cidade de Salvador, na Bahia. A data de resgate de ambos era fevereiro de 2015. Ocorre que quando ela tentou sacar, descobriu que apenas um título havia sido efetivado e o prazo de resgate havia mudado. A Caixa fez uma proposta de devolver o valor do título de capitalização não efetivado, de garantir o saque do título que já poderia ser resgatado e um valor adicional por conta dos danos morais, totalizando R$ 2.500. A assistida aceitou e firmou o acordo.
Já J.F.S.P. efetuou um pagamento de R$ 700 na lotérica do bairro de Caetés I, em julho de 2015, referente à fatura do cartão de crédito. O banco computou apenas parte do pagamento, havendo um estorno de R$ 300 efetuado pela própria lotérica. “Eu e minha irmã procuramos a lotérica umas três vezes e não fomos recebidos. Deixamos telefone e ninguém nunca entrou em contato”, destacou o assistido, que procurou a sala da DPU no município de Abreu e Lima. A Caixa propôs o pagamento do valor estornado, dos juros pelo não pagamento total do cartão e de R$ 1.500 a título de danos morais. “Eu fico mais tranquilo em ter resolvido o problema, pois eu estava me ausentando muito do trabalho para resolver isso”, finalizou após assinar o acordo.
Participaram da rodada de conciliação em junho, representando a DPU no Recife, os defensores públicos federais Igor Roberto Albuquerque Roque e José Henrique Bezerra Fonseca, o economista Patrício Antônio Barbosa da Silva e a estagiária Maria Lúcia Pragana Monteiro de Lima. Representando a Caixa, estavam Liliane Paiva, Izabel Urquiza e Laura Alcoforado.
http://www.dpu.gov.br/noticias-pernambuco/157-noticias-pe-slideshow/31949-dpu-e-caixa-firmam-acordos-extrajudiciais-em-conciliacao-no-recife