terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Projeto “Sexta de Direitos” debate direito à saúde e vacinas da Covid-19

A Central Única das Favelas em Pernambuco (Cufa/PE), a Defensoria Regional de Direitos Humanos de Pernambuco (DRDH/PE) e a Clínica Interdisciplinar de Direitos Humanos da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) promoveram debate sobre o direito à saúde e as vacinas contra a Covid-19, na última sexta-feira (05), com o objetivo de esclarecer dúvidas da população.

A conselheira Nacional de Saúde, representando os Usuários pela União de Negras e Negros Pela Igualdade (Unegro), Conceição Silva, ressaltou a valorização da ciência. “A vacinação é um bem conquistado pela ciência. E é importante que a população saiba que a ciência é uma forma refinada de humanidade”.

Silva destacou que o único tratamento viável para diminuir a proliferação do vírus, com as formas necessárias de regramento sanitário com o distanciamento social, o uso de máscaras e de álcool e a necessidade de lavar as mãos. “A gente está vivendo situações muito difíceis em relação à distribuição da vacina devido ao processo da politização por parte do Governo Federal de negação da vacina. Há uma negação da pandemia” e acrescentou: “Isso é perigoso, não existe tratamento precoce e a melhor medida é a vacinação”, asseverou.

A médica e pesquisadora do Instituto Aggeu Magalhães/IAM (Fiocruz/PE), Ana Brito, afirmou que o país nunca esteve tão desestruturado para o enfrentamento de uma pandemia “que a gente não viu nada igual a ela, mas que a gente tinha instrumentos para minimizar esse imenso sofrimento que a população brasileira está sendo sujeita”.

Brito garantiu que a vacinação se impõe como medida central de combate da Covid-19. “É uma medida que não é só proteção individual, mas sobretudo uma medida de proteção coletiva”. Ela explicou que o poder das vacinas é evitar a propagação das doenças e também as mortes.

A defensora pública do Estado de Pernambuco Ana Carolina Khouri, coordenadora do Núcleo de Defesa da Saúde Coletiva da Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE), falou sobre a atuação na chegada das primeiras doses das vacinas no Estado para saber forma da distribuição. “A clareza e a transparência com que essas doses seriam distribuídas entre os municípios, quem é que faz parte desse grupo prioritário. Isso porque o Plano Nacional de Imunização trouxe um aspecto geral, de forma muito aberta e abstrata de como a imunização deveria acontecer”, explicou.

Khouri disse que a DPPE fez recomendações ao Estado e a todos os municípios para que planos de imunizações fossem elaborados de forma clara. E falou da obrigatoriedade na vacinação e sobre a questão de fura-fila. “Existe uma série de consequências para quem fura a fila e também para o gestor que permite que isso aconteça. Existem crimes administrativos, por desviar o bem público de sua finalidade precípua”, alertou.

JRS
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

 

https://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/60790-projeto-sexta-de-direitos-debate-direito-a-saude-e-vacinas-da-covid-19