terça-feira, 12 de março de 2019

DPU e Caixa resolvem casos de danos morais em rodada de conciliação em PE


Dos quatro casos analisados pela conciliação extrajudicial entre a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife e a Caixa Econômica Federal, na manhã desta segunda-feira (11), dois obtiveram êxito nas negociações, ambos de problemas relativos a danos morais após erros financeiros. A ação aconteceu no bairro da Ilha do Leite, na capital pernambucana.

I.F.S., de 72 anos, chegou na rodada de conciliação acompanhada da filha K.V.S, que é sua procuradora. Elas se dirigiram à DPU no Recife em dezembro de 2018 após realizar o pagamento de um cartão de crédito na lotérica. Ocorre que apenas parte do pagamento foi computado pelo cartão. “A gerente da lotérica me disse depois que o resto do dinheiro ficou na conta de um banco. Quando eles localizaram, nos devolveram aquele valor, mas o cartão nessa altura já tinha parcelado o débito em treze vezes com juros. Eu queria que eles repassassem para o cartão e não para mim”, disse a filha de I.F.S. Após intensa negociação, a conciliação foi finalizada com a promessa de pagamento de R$ 2.850 em 10 dias, a título de danos morais pela Caixa, considerando que o dano material já havia sido anteriormente ressarcido pela lotérica. “Não foi o que eu esperava, mas para evitar mais transtornos resolvemos dar por encerrada essa questão”, disse a assistida da DPU.

Já M.G.S.A., de 33 anos, procurou a Defensoria em setembro de 2018 após a Caixa Capitalização adquirir um título para ela sem autorização. Em 14 meses foram descontados R$ 1.413,18 da sua conta poupança da Caixa e ela só percebeu os descontos ao fazer uma consulta pela internet. “Depois que eu procurei a Defensoria, eu também pedi que a empresa me mandasse o áudio que eles disseram que tinham com a minha autorização. Poucos dias depois eles me ligaram mandando eu checar minha conta que o dinheiro tinha sido devolvido”, destacou M.G.S.A. A proposta de conciliação ficou em R$ 1.900 a título de danos morais, já que o dano material também tinha sido ressarcido pela Caixa Capitalização.

Os outros dois casos analisados na rodada foram questões habitacionais. “A margem de negociação dos casos de habitação é menor. São casos mais difíceis de se resolver extrajudicialmente”, destacou o defensor público federal Marco André Breta Ananias de Oliveira, que atuou na ação ao lado da estagiária da DPU no Recife Aisha Roberta Batista dos Santos.

ACG/MGM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União