quarta-feira, 9 de março de 2016

Dia da Mulher é comemorado no Recife com palestra sobre respeito e igualdade de gêneros




“Não queremos flores e nem bombons nessa data, queremos respeito”. Foi com essa frase que a defensora pública federal Patrícia Alpes de Souza deu início à palestra sobre o Dia Internacional da Mulher, nessa terça-feira (08), na Defensoria Pública da União (DPU) no Recife. A palestra aconteceu na área de atendimento ao público da unidade e contou com a presença de convidados, assistidos, defensores, servidores, terceirizados e estagiários da unidade.

Além de Patrícia Alpes, que é coordenadora do Setor de Atendimento ao Público da DPU no Recife, a mesa de debate foi composta por Ingrid Farias, representante da ActionAid Brasil; Madalena Rodrigues, ex-estagiária da Defensoria e representante do Grupo Frida de Gênero e Diversidade; André Carneiro Leão, defensor chefe da unidade; e a defensora Tarcila Maia Lopes.


“O dia 8 de março é o dia que acordamos para falar de luta, de respeito e de espaço. E por isso, resolvemos montar essa mesa de debate hoje”, afirmou Patrícia Alpes, passando a palavra para a representante da ActionAid Brasil, Ingrid Farias. A ActionAid é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1972, que trabalha em parceria com comunidades e organizações para garantir acesso das pessoas em situação de pobreza aos direitos de alimentação, educação, infraestrutura urbana, participação cidadã e igualdade entre homens e mulheres. Eles atuam em 45 países e estão no Brasil desde 1999.

Ingrid Farias fez um breve resumo sobre a atuação da organização e aprofundou sua fala na perspectiva dos direitos das mulheres, do machismo dentro da sociedade atual, da situação das mulheres encarceradas e da construção do respeito entre todos. “Uma sociedade machista oprime homens e mulheres. O problema é que, na nossa sociedade, o machismo também mata. Os homens que estão aqui hoje precisam ficar atentos ao seu comportamento e à criação dos seus filhos”, destacou. 

A convidada também citou a campanha Cidades Seguras para as Mulheres. O processo de construção desse trabalho aconteceu no contato direto com mulheres de comunidades nos estados de  Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo. Concluiu-se que o espaço público não considera as necessidades e os desejos das mulheres, sendo necessárias ações mais efetivas em áreas como iluminação pública, transporte, policiamento, educação, moradia e saúde. “Garantir uma cidade segura para a mulher é garantir uma cidade segura para todo mundo”, enfatizou Ingrid Farias, convidando todos os presentes a participarem de um ato unificado na tarde dessa terça-feira, com uma marcha de mulheres pela cidade do Recife.