terça-feira, 18 de agosto de 2015

Programa Audiência de Custódia é implantado em Pernambuco

A instalação do Programa Audiência de Custódia em Pernambuco contou com representante da Defensoria Pública da União (DPU) na solenidade de assinatura do termo de cooperação, na sexta-feira (14), pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Ricardo Lewandowski, e o Poder Judiciário no estado. 

O projeto foi criado para evitar prisões ilegais, desnecessárias e inadequadas. A iniciativa já foi implantada em outros 10 estados e vem reduzindo significativamente o encarceramento desnecessário, com quedas de até 40% na prisão preventiva. A audiência de custódia dá à pessoa presa em flagrante o direito de ser ouvida por um juiz num prazo de até 24 horas depois da prisão.

O defensor público federal André Carneiro Leão, chefe da DPU em Recife, esteve presente ao evento. Ele ressaltou que a apresentação, sem demora, do preso em flagrante a um juiz é um direito humano assegurado no Pacto de San José da Costa Rica (1992) e sua concretização no Brasil é uma bandeira há muito sustentada pela Defensoria Pública da União. “Em Pernambuco, em especial, a realização do projeto de audiência de custódia permitirá a significativa redução da alarmante quantidade de presos provisórios, contribuindo para desafogar os presídios estaduais, que estão superlotados”.

O defensor acredita que, com um contato mais humanizado e imediato, o juiz terá mais condições para identificar os casos em que o réu tem direito a responder ao processo em liberdade, permitindo-se, ainda, coibir casos eventuais de tortura. “Vivenciamos, portanto, no dia de hoje, um momento ímpar na nossa história.”, finalizou.

Implantação

Com base em princípios do Pacto de San José da Costa Rica, do qual o Brasil é signatário, as audiências de custódia também fomentam eficiência logística e de inteligência do Estado, além de reduzirem gastos públicos com o sistema carcerário possibilitando economia de até R$ 4,2 bilhões em todo o país.

Desde fevereiro, quando o modelo nacional foi iniciado em São Paulo, as audiências de custódia foram instituídas nos estados do Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Tocantins e Goiás.

Com informações da Agência CNJ de Notícias