terça-feira, 2 de junho de 2020

Covid-19: DPU no Recife participa de debate sobre direitos humanos



A Defensoria Pública da União (DPU) no Recife participou, na quarta-feira (27), pela plataforma Zoom com transmissão ao vivo no YouTube, da primeira mesa de debates online sobre direitos humanos nos tempos de Covid-19 promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Olinda (PE).

No debate, o defensor público federal e professor, Ricardo Russell, falou sobre A atuação da DPU em tempos de pandemia. Houve também a participação da professora de Direitos Humanos e Direito Internacional Público, Ciani Sueli das Neves, com o tema Violência doméstica durante a crise pelo Covid-19; o juiz federal Diego Guimarães abordou A liberdade de reunião "sob cuidados intensivos"; o advogado, cientista político e professor, Manoel Moraes, apresentou A Covid-19 e os Direitos Humanos: A experiência da rede solidária em defesa da vida; e o advogado criminalista e professor, Marcel Luciano, discorreu sobre A dignidade da pessoa humana em tempos de pandemia (Covid-19).

Em sua fala, Russell mencionou o início da Defensoria Pública no Brasil, afirmou que começou tímida com a Constituição Federal de 1988 e, durante muitos anos, foi pouco estruturada. “Com o tempo foi crescendo, com alterações na própria Constituição. A partir do momento que a Defensoria passou a ser autônoma, teve outra dimensão porque deixou de ser subordinada ao Poder Executivo”, lembrou.

O defensor ressaltou que a DPU é o órgão jurídico público que tem a função de defender os necessitados em situação de vulnerabilidade social e de promover os direitos humanos. “Na pandemia, graves violações estão acontecendo. Uma das nossas principais demandas é o leito de UTI. Antes de começar a pandemia, já não tinha leito para todo mundo. A gente tem uma batalha eterna para que os leitos da rede privada sejam utilizados por quem precisa”, alertou.

Outra atuação de destaque na pandemia é a do auxílio emergencial, benefício assistencial concedido pelo Governo Federal. “Estamos tendo muita demanda na DPU. É um benefício necessário para a dignidade mínima existencial, também tem uma importância coletiva para as pessoas não saírem de casa, mas estão ocorrendo negativas na concessão por diversos motivos”, disse.

Russell ressaltou que a DPU no Recife está atuando de forma remota durante a pandemia e que é uma atribuição da instituição resolver essa questão do indeferimento do benefício. “A DPU tem uma dificuldade estrutural grande. De gente que está ligando e não atende, porque não temos mais pessoal para atender o telefone. Estamos tentando atuar e o fato é que não estamos de olhos fechados, tanto na tutela individual, que é o mais difícil porque demanda muitas ações e a estrutura é precária, como na tutela coletiva também”, explicou.

JRS
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União