sexta-feira, 20 de junho de 2014

NOTA DE REPÚDIO: Desrespeito no ato de reintegração de posse no Cais José Estelita

 Com profunda indignação, a Defensoria Pública da União lamenta o ato executado pela Polícia Militar de Pernambuco na reintegração de posse da área do Pátio Ferroviário das Cinco das Pontas, no Cais José Estelita, região central do Recife, na manhã da última terça-feira (17). A instituição repudia o desrespeito à lei, aos direitos humanos e aos acordos firmados com os representantes do movimento Ocupe Estelita e outras instituições envolvidas para um diálogo democrático e civilizado.

A Defensoria Pública da União atua na tutela dos interesses de famílias que residem no local desde o funcionamento da extinta Rede Ferroviária Federal. E conclama a preservação da dignidade das pessoas que desejam manifestar a voz em protestos pacíficos, instrumentos legítimos de um Estado Democrático de Direito. Espera-se que as autoridades envolvidas retornem ao processo de negociação com respeito às liberdades fundamentais e sem o uso de violência.

Assessoria de Imprensa
Defensoria Pública da União


http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22234:nota-de-repudio-desrespeito-no-ato-de-reintegracao-de-posse-no-cais-jose-estelita&catid=215:noticias-slideshow&Itemid=458

Liminar suspende leilão de residência em Jaboatão dos Guararapes

http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22224:liminar-suspende-leilao-de-residencia-em-jaboatao-dos-guararapes-pe&catid=79&Itemid=220

Sem condições físicas e financeiras de continuar pagando o financiamento de sua residência, E.R.M., 46, procurou a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife após receber carta que informava sobre dívida das parcelas atrasadas. A instituição conseguiu liminar da Justiça Federal suspendendo o leilão do imóvel, além da decisão de aguardar o trânsito em julgado de uma ação previdenciária, que poderá dar condições financeiras do autor arcar com a dívida cível.

E.R.M. firmou contrato de compra e venda de imóvel, localizado em Jaboatão dos Guararapes (PE), com a Caixa Econômica Federal (CEF) em agosto de 1996. Em 2001, o autor descobriu que era portador do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e, mesmo com o agravamento dos sintomas da doença, manteve-se trabalhando até 2012, quando precisou ser internado e afastado do serviço. O trabalhador, então, procurou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para receber auxílio-doença, mas descobriu que a empresa contratante não efetivou as contribuições sociais necessárias.

Sem receber o salário ou o benefício devido, em junho de 2012, E.R.M. parou de pagar as parcelas do financiamento e procurou a Caixa para tentar resolver a situação. Em nenhuma das quatro vezes que foi ao banco houve a orientação de acionar a proteção securitária contratada juntamente com o mútuo. Em janeiro de 2014, o assistido recebeu uma carta de notificação do banco para quitar a dívida em 20 dias.

Tendo em vista a impossibilidade financeira, E.R.M. procurou a DPU e foi orientado pela defensora pública federal Marina Lago a requerer a cobertura do seguro, mas seu pedido foi negado sob alegação que havia decorrido o prazo de seis meses para formalização do pedido. Com a execução extrajudicial em curso, o autor foi informado que seu imóvel iria para leilão no dia 18 de março de 2014. A Defensoria ajuizou ação com o objetivo de sustar o leilão e pedir o reconhecimento da cobertura securitária ou, subsidiariamente, a declaração de nulidade do procedimento de execução extrajudicial, tendo em vista, principalmente, a não recepção do Decreto-Lei 70/66 pela Constituição Federal de 1988.

Quatro dias antes da data marcada para o leilão, a Justiça Federal concedeu liminar visando à suspensão do ato. Em maio, ocorreu a primeira audiência do caso, para uma tentativa de conciliação entre as partes. A advogada da CEF fez proposta de acordo, mas o assistido reafirmou a incapacidade física e financeira em arcar com o pagamento solicitado, destacando o fato de que atualmente mora sozinho e vive com ajuda de terceiros. A juíza federal da 30ª Vara de Pernambuco, Daniela Zarzar Pereira de Melo Queiroz, indicou que esse processo deve se manter suspenso até o trânsito em julgado da ação previdenciária movida por E.R.M., que visa à obtenção do auxílio-doença, “ocasião em que o autor em tese obterá condições financeiras de arcar com o débito ora reconhecido”, destacou a juíza.

Segundo a defensora Marina Lago, “o zelo pela conciliação trouxe resultados significativos nesse processo. Além da concessão da liminar para suspensão do leilão, o diferencial desse caso foi a preocupação com a possibilidade real de o assistido realizar acordo futuro, tendo em vista a iminência de recebimento do auxílio-doença em outro processo que está em andamento”.

 

Duas práticas da Defensoria Pública da União concorrem ao prêmio Innovare



Duas práticas da Defensoria Pública da União (DPU) disputam, na categoria Defensoria Pública, a 11ª edição o Prêmio Innovare: a Câmara de Resolução de Litígios de Saúde (CRLS), da unidade do Rio de Janeiro, e o programa de rádio Acesso à Justiça: a Defensoria Pública da União a serviço do povo, produzido pela Assessoria de Comunicação Social da DPU.

A Câmara de Resolução de Litígios de Saúde, fruto de parceria com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, busca por meio do atendimento a pessoas de baixa renda promover a solução de problemas relacionados a pedidos de medicamentos, cirurgias e exames médicos pela via administrativa, evitando ações na Justiça.

As atividades da câmara foram iniciadas em setembro de 2013 e, em seis meses de funcionamento, verificou-se um índice geral de 40% de resolução administrativa dos casos. Além disso, os atendimentos realizados pela DPU no Rio de Janeiro representam quase 60% do total. A iniciativa conta com a participação de procuradores do Estado e do Município do Rio de Janeiro e equipes de apoio técnico das secretarias municipal e estadual de saúde.

O programa de rádio Acesso à Justiça: a Defensoria Pública da União a serviço do povo tem como objetivo aproximar a instituição do seu público-alvo, ao oferecer informações relevantes sobre os serviços, cidadania e direitos da população brasileira. O programa é semanal, tem duração de cinco minutos e é veiculado todos os finais de semana na Rádio Justiça. Além disso, é distribuído a 36 emissoras de rádio, a maior parte delas, comunitária.

Entre as temáticas já abordadas estão auxílio-doença, aposentadoria por idade, tempo de contribuição e invalidez, pensão por morte, Benefício de Prestação Continuada, extrajudicialidade, direitos dos pacientes com câncer, direitos dos detentos, direitos dos moradores de rua e assistência jurídica aos quilombolas.

O julgamento das práticas está marcado para o dia 7 de novembro e a cerimônia de premiação ocorrerá em dezembro, no Supremo Tribunal Federal.

Prêmio Innovare

O evento é uma realização conjunta do Instituto Innovare, do Ministério da Justiça e de associações da área jurídica, com o apoio das Organizações Globo. O prêmio já recebeu inscrições de todas as regiões do país, contou com uma edição internacional (2010) e premiou 138 trabalhos inovadores.

O objetivo principal é identificar, premiar e disseminar iniciativas inovadoras realizadas por magistrados, membros do Ministério Público estadual e federal, defensores públicos e advogados públicos e privados de todo Brasil, além de profissionais graduados em qualquer área do conhecimento, que estejam aumentando a qualidade da prestação jurisdicional e contribuindo com a modernização da Justiça Brasileira.

Conquistas da DPU

A Defensoria Pública da União venceu duas vezes o Prêmio Innovare, em 2010 e em 2012. A primeira vitória reconheceu o projeto de Erradicação do Escalpelamento na Amazônia – Justiça para a População Invisível. A iniciativa fez parte de acordo entre a DPU e o Departamento de Defesa do Direito do Consumidor do Ministério da Justiça, com o objetivo de erradicar os acidentes de escalpelamento, que atingem comunidades ribeirinhas da Amazônia.

Em 2012, o projeto vencedor foi o de assistência jurídica a hansenianos no Maranhão. Iniciada em 2009, a ação busca mecanismos extrajudiciais de assistência e articulação com setores do governo e da sociedade civil, a fim de assegurar os direitos e resgatar a cidadania de pessoas atingidas pela doença.

Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Entrevista para o Programa Via Legal - 13/06/2014

A defensora pública federal Carolina Cicco concedeu entrevista, no dia 13 de junho de 2014, para a nova equipe do programa Via Legal sobre um processo da DPU/Recife que conseguiu, na Justiça Federal, a implantação da pensão por morte para a filha menor de um microempreendedor individual. A matéria vai falar sobre os direitos previdenciários do empreendedor que recolhe pelo Simples Nacional.
 
 


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Ex-militar é absolvido por unanimidade no Superior Tribunal Militar

http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22179:ex-militar-e-absolvido-por-unanimidade-no-superior-tribunal-militar&catid=79&Itemid=220
 
O ex-militar A.S.F., com a assistência da Defensoria Pública da União (DPU), foi absolvido do crime de lesão corporal leve após apelação ao Superior Tribunal Militar (STM). Ele havia sido condenado à pena de três meses de detenção pela prática do crime no Conselho Permanente de Justiça da Auditoria da 7ª Circunscrição Judiciária Militar (CJM).
 
Os ministros do STM decidiram, por unanimidade, pela absolvição do ex-militar com base em ausência de tipicidade material, já que a lesão restringiu-se a um corte na mão direita do ofendido, causado por um objeto lançado durante momento de descontrole emocional de A.S.F., tendo sido aplicado o princípio da insignificância. Também foi decidido o reconhecimento do princípio da intervenção mínima, que determina que o direito penal deve ser utilizado como ultima ratio (último recurso do Estado para punir as condutas).
 
O ex-militar sofreu uma condenação na 7ª CJM (PE, AL, PB, RN), com base no artigo 209, caput, do Código Penal Militar, com fulcro no artigo 439, alínea "b", do Código Processo Penal Militar. A denúncia do Ministério Público Militar narrou que, na cozinha da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco (EAMPE), A.S.F., após discussão com C.J.C.S., arremessou em sua direção uma panela de aço inoxidável, causando lesão cortante na mão direita do ofendido.
 
A defensora pública federal Carolina Cicco requereu a reforma da condenação para absolver o ex-militar, por entender que a lesão causada foi de pequena monta, tendo sido cometida em momento de descontrole emocional, após uma discussão.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Copa do Mundo 2014 - Atendimento ao público na DPU/Recife

Confira o horário de atendimento ao público da DPU/Recife nas datas de jogos da seleção brasileira e jogos na Arena Pernambuco nos dias 12,17, 20 e 26 de junho. Lembrando que nos dias 19 (Corpus Christi), 23 e 24 de junho (São João) não haverá atendimento na unidade.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Convocação dos estudantes aprovados no concurso de estágio da DPU/Recife



Convocamos todos os aprovados no XIII Processo Seletivo Público para provimento de vagas e formação de cadastro reserva de estagiários de nível superior, da área de Direito, da Defensoria Pública da União no Recife (DPU/Recife), que se apresentem ao setor de Divisão de Gestão de Pessoas desse órgão nos dias 09, 10 e 11/06/2014, no período das 11:00 às 14 horas, para a entrega dos documentos necessários para contratação, conforme relação abaixo:

- 01 foto 3 x 4;
- Exame admissional (Cargo:Estagiário);
- Original e cópia dos documentos: RG, CPF, Título de Eleitor e Certificado Militar;
- Declaração da Instituição contendo o período que está cursando;
- Tipo sanguíneo;
- Conta bancária: Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, Operação 001 (conta corrente).

Tais documentos são essenciais ao encaminhamento ao CIEE para confecção do Contrato com esta Defensoria. Em caso de dúvidas ou esclarecimentos, por favor, entrem em contato com o Setor de Gestão de Pessoas da DPU/Recife (81.31941213 ou 31941214).

Segue a lista dos candidatos aprovados:

1º BRUNO LOPES DE SANTANA
2º JONATHAN ALVES DE OLIVEIRA
3º MARIA LUIZA FRAZÃO FRAGOSO DE FREITAS
4º DANIEL DOS SANTOS COSTA DE OLIVEIRA
5º LUIZA DUARTE LINDOSO
6º EMMANUEL RIBEIRO MESQUITA
7º NUANNE OLIVERIA NUNES DA SILVA
8º JOYCE MARIA GALDINO
9º JORGE LUIÍS FERREIRA GUIMARÃES
10º CAMILA MOURA DE BRITO
11º MARIANA SANTOS LEAL DE ALBUQUERQUE
12º CÍNTHIA TAMARA ARAÚJO DA SILVA
13º CAMILA FREIRE MONTEIRO DE ARAÚJO
14º ANDRIELLY STEPHANY GUTIERRES SILVA
15º RODOLFO ARRUDA GOMES MARINHEIRO
16º HILEN CORREIA SANTOS
17º ANA CAROLINA BORGES DE OLIVEIRA
18º BRUNO ALESON BEZERRA SANTOS
19º VICTOR VÉRAS CANTO
20º VITOR DA CUNHA MIRANDA
21º BRUNO GABRIEL CARNEIRO DE MORAES
22º LEONARDO HENRIQUE DE MELO GOMES
23º TIAGO ANDRÉ PEREIRA DA SILVA
24º RAFAEL DE SOUSA MARQUES
25º STACY SANTOS MARREIRA DA SILVA
26º DANIELA FARIAS DE LIMA
27º JÉSSICA DANIELLE DA SILVA
28º MARIA CREUSELIA SILVA SOUSA
29º FELIPE FULCO DE MELO SANTOS
30º JOÃO PEDRO SARAIVA BEZERRA
31º ANDRÉ MATEUS DA VEIGA FEITOSA
32º CAMILA MARIA SILVA E MELO
33º TATYANA PAULA CABRAL DE MELO MARCELINO
34º MARIA EDUARDA FERRO BRITO
35º ANALU PEIXOTO BARBOSA
36º MARIA HELOÍSA NOGUEIRA LINHARES MARQUIM
37º BEATRIZ CORRÊA UCHÔA
38º PEDRO PERES CAVALCANTE

Promulgada Emenda à Constituição que fortalece o acesso integral e gratuito à Justiça

http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22000:promulgada-emenda-a-constituicao-que-fortalece-o-acesso-integral-e-gratuito-a-justica&catid=215:noticias-slideshow&Itemid=458

A Emenda à Constituição (EC) 80, que determina prazo de oito anos para que todas as unidades jurisdicionais do país – comarca ou seção judiciária – tenham defensores públicos, foi promulgada na tarde desta quarta-feira (4) em solenidade no Congresso Nacional, com as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), destacou que a alteração aprimora o texto constitucional na defesa dos pobres e parabenizou os defensores públicos pelo empenho na aprovação da proposta. “Foi um exemplo do que vale e para que serve o Poder Legislativo. A história dessa PEC é de uma luta, conduzida de maneira ordeira, democrática e paciente”.

Em seu discurso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), relembrou o esforço dos defensores no Congresso Nacional no último ano para aprovação da Emenda à Constituição 74, que concedeu autonomia funcional e administrativa, além de iniciativa de proposta orçamentária, à Defensoria Pública da União e do Distrito Federal, promulgada em agosto de 2013. Dessa forma, ressaltou que a EC 80 é uma segunda conquista histórica em menos de um ano em relação ao acesso integral e gratuito à Justiça no Brasil. “Antes de tudo, isso significa muito prestígio da Defensoria Pública no parlamento nacional”, afirmou.

A chamada PEC Defensoria para Todos – de autoria dos deputados Mauro Benevides (PMDB-CE), Alessandro Molon (PT-RJ) e André Moura (PSC-SE) e aperfeiçoada pelo substitutivo da comissão especial apresentado pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA) – vai garantir, no caso da Defensoria Pública da União (DPU), a presença de um defensor público em todas as cidades onde existe Justiça Federal. Atualmente, a instituição está presente em apenas 25% dos municípios que contam com varas federais. O objetivo é assegurar a ampla defesa dos cidadãos sem condições de pagar pelos serviços de um advogado.

A solenidade contou com a presença do defensor público-geral federal, Haman Tabosa de Moraes e Córdova, e defensores públicos-gerais de vários estados. Além dos presidentes da Câmara e do Senado, compuseram a mesa a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, os deputados Simão Sessim (PP-RJ), Alessandro Molon (PT-RJ), Paulão (PT-AL), Mauro Benevides (PMDB-CE), o senador Romero Jucá, o secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Flávio Crocce Caetano, o presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), Kelery Dinarte, e a presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), Patrícia Kettermann.

Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Assistido consegue restabelecimento de auxílio-doença no Recife

 

O pedreiro M.A.S., 30, sofreu um acidente e passou a receber o auxílio-doença. Dois anos depois, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu o benefício e o trabalhador procurou a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife. Ao comprovar a incapacidade laboral, a DPU conseguiu o restabelecimento temporário do auxílio e a expedição dos valores devidos desde a sua suspensão.

O acidente ocorreu em setembro de 2011 e, desde então, M.A.S. passou a apresentar problemas nos joelhos e ligamentos. O INSS concedeu o auxílio-doença e o benefício foi renovado até outubro de 2013, data em que foi suspenso, baseado na perícia médica do órgão, que declarava o autor como capaz para o trabalho.

O pedreiro requereu administrativamente a reconsideração da decisão, tendo em vista a persistência de sua lesão no joelho direito com edema medular e excrescência óssea e a necessidade de cirurgia, mas o pedido foi indeferido. Em novembro de 2013, M.A.S. procurou a DPU no Recife e teve seu caso acompanhado pelas defensoras públicas federais Carolina Cicco do Nascimento e Fernanda Marques Cornélio.

A DPU anexou ao processo judicial os laudos e exames médicos que comprovam a incapacidade do assistido para exercer sua atividade habitual de pedreiro, uma vez que tal ofício exige demasiado esforço e movimentação dos membros e joelhos, e requereu uma antecipação de tutela para que, após a realização da perícia judicial e comprovação da incapacidade laboral, o auxílio-doença fosse imediatamente restabelecido, uma vez que o benefício era a única fonte de renda M.A.S.

A perícia judicial realizada em janeiro de 2014 detectou a incapacidade parcial do assistido e indicou que ele deve “exercer atividades de baixa e moderada demanda física e não a de pedreiro”. O segurado encontra-se em fila de espera para realizar uma intervenção cirúrgica no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e, segundo o médico perito judicial, necessitará de no mínimo três meses de tratamento, devendo permanecer em repouso e submeter-se a fisioterapia e analgesia.

Em fevereiro deste ano, o INSS apresentou em juízo uma proposta de acordo para o pagamento de 70% dos valores atrasados, desde a suspensão do benefício, e a manutenção do auxílio-doença por três meses, prazo indicado pela perícia médica para que o segurado fizesse o tratamento adequado para sua reabilitação. M.A.S. aceitou o acordo, que foi posteriormente homologado pela Justiça Federal.

A Requisição de Pequeno Valor (RPV) foi calculada em aproximadamente R$ 3,6 mil e expedida no mês seguinte.