Duas novas unidades prisionais de Pernambuco foram inspecionadas na
última quinta-feira (5) pelo Conselho Penitenciário do Estado, do qual
participa a Defensoria Pública da União (DPU) no Recife. A Colônia Penal
Feminina de Abreu e Lima e o Centro de Observação e Triagem Professor
Everardo Luna (Cotel) são instituições vizinhas e ficam localizadas no
bairro de Caetés II, no município de Abreu e Lima.
Os membros do Conselho Penitenciário se
dividiram em dois grupos para realizar as inspeções ao mesmo tempo. O
defensor público federal Guilherme Ataíde Jordão, a defensora pública
estadual Mariana Granja e os advogados Danielle Castro, Samuel Salazar e
Yuri Azevedo Herculano foram para o Cotel. A Colônia Penal Feminina
ficou com o outro grupo, do qual fizeram parte o presidente do conselho,
Jorge Neves; a secretária do conselho, Raquel Cavalcanti Tavares; a
representante do Ministério Público Federal, Ladia Albuquerque; e a
representante do Ministério Público Estadual Izabel Cristina Holanda.
A inspeção na Colônia Penal Feminina de
Abreu e Lima foi acompanhada por duas agentes penitenciárias. O grupo
visitou os módulos individual, assistencial e de serviço - onde as
presas trabalham, a cozinha, a padaria, o estoque, a escolinha e o
espaço de encontro conjugal. O presídio está com 486 detentas, enquanto a
capacidade seria de aproximadamente 180 mulheres.
“Nenhuma
unidade prisional do Estado tem a estrutura ideal, mas, dentro da
realidade que conhecemos, a Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima está
funcionando a contento, afora a questão da prestação de assistência
jurisdicional”, destacou Jorge Neves.
Já no Centro de Observação e Triagem
Professor Everardo Luna, o grupo foi acompanhado pelo diretor da
instituição, João Fernandes, e por um agente penitenciário. Foram
inspecionadas a revista, a padaria, a cozinha, a área médica, a
assistência social e a assistência jurídica. Antes de seguir para outras
instalações, os membros do Conselho que visitaram a Colônia Penal
Feminina se juntaram ao grupo que inspecionava o Cotel. Todos, então,
puderam entrar nos pavilhões ativos e no pavilhão em reforma, no
isolamento e na área onde ficam os visitantes dos presos.
“A visita foi importante para constatar
as condições precárias de depósito que o Estado promove dos presos no
Cotel. A situação é absurda. Por isso, é sempre importante a Defensoria
estar presente para avaliar o sistema de assistência jurídica
disponibilizada para os detentos”, afirmou o defensor chefe da DPU no
Recife, Guilherme Ataíde Jordão. O Cotel está atualmente com 2.645
presos, enquanto sua capacidade seria de aproximadamente 630 homens.