quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Mulher procura Defensoria Pública em PE para reaver arara que criava



Link: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/09/mulher-procura-defensoria-publica-em-pe-para-reaver-arara-que-criava.html

A dona de casa Vera Lúcia de Albuquerque, que criava uma arara canindé dentro de casa, em Jaboatão dos Guararapes, procurou nesta quinta-feira (19) a Defensoria Pública da União para reaver a guarda do animal. O bicho foi apreendido pela Polícia Militar e levado à sede do Ibama no Recife, no início da semana, onde está sob avaliação de especialistas. Se conseguir ser reabilitada, a arara poderá voltar à natureza.

O defensor público federal André Carneiro Leão conversou com a reportagem do NETV 1ª edição e afirmou que a dona de casa vai entrar com uma ação. "É uma obrigação da defensoria entrar com um acordo com o Ibama ou com os órgãos de representação para tomar uma solução extra-judicial, evitando que isso se chegue ao judiciário. Se não for possível, logo em seguida nós ajuizamos uma ação e aí buscamos uma tutela antecipada", explicou.

Arara é apreendida pela Polícia Militar em casa de Jaboatão, PE

"Qualquer juiz que tiver consciência e amor vai me entregar Billy", disse a dona de casa. Enquanto a arara permanece em cativeiro, algumas pessoas passam em frente ao Ibama e pedem que os funcionários devolvam ela à mulher, que criava o bicho há quase dez anos.
"Eu estava com uma curiosidade de ver Billy, porque eu me emocionei muito com a matéria, com dona Vera chorando com saudade dele. Espero que Billy esteja bem acolhido no Ibama", afirmou o comerciante Max Ezequiel.

Animais como saguis, papagaios, jandaias, raposas, quatis, araras, todos silvestres, caso criados dentro de residências, podem ser apreendidos pela polícia e levados à sede do Ibama. O analista ambiental Amaro Fernandes fez uma alerta sobre o tráfico de animais e o crime que muitas pessoas cometem quando compram esses bichos em feiras livres.

"Noventa por cento dos animais morrem no percurso entre o campo a mão do consumidor final. Quando a pessoa compra um animal silvestre, ela está remunerando o traficante pela morte de outros nove animais", explicou Fernandes.

Fonte: NETV 1ª Edição/ TV Globo/ G1 (PE)