Servidoras da Defensoria Pública da União em Pernambuco (DPU/PE) iniciaram, nesta quinta-feira (30), uma pesquisa de campo para analisar a situação de diversas famílias que poderão ser prejudicadas com a construção da Transnordestina. Diante da grande procura dos moradores, a Defensora Pública Federal Ana Carolina Erhardt, em nome de todos os Defensores do Ofício Cível, solicitou um estudo da área para a Assistente Social, Simone Guerra, e a Socióloga, Wanessa Gonzaga.
As entrevistas foram realizadas, inicialmente, com os assistidos que receberam a notificação para sair de suas casas no prazo de 15 dias, na cidade de Camaragibe. “Moro aqui há quinze anos. Construímos a casa e o bar onde trabalho com minha esposa. Organizamos tudo e ninguém nunca reclamou. Agora recebemos essa notificação e ficamos preocupados”, disse o morador Arnaldo João.
Segundo a Assistente Social, a visita domiciliar é um dos instrumentos de análise possível. “A entrevista tem como base um formulário montado especificamente para esse caso. No final, faremos um relatório explicando a situação de cada família assistida pela Defensoria”, explicou Simone Guerra. Com esse relatório, a DPU vai destacar as especificidades de cada família prejudicada visando atender ao inciso IV, do art 4°, da Lei Complementar n° 80, que destaca entre as funções da Defensoria a prestação de atendimento interdisciplinar, por meio de servidores de sua carreira de apoio, além de subsidiar uma futura ação coletiva.