terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Atuação na DPU influencia formação de servidores na área de Direito

 


Os servidores requisitados Francisco de Assis Ferreira da Silva, 60 anos, e Josenilda Barboza de Melo, 70 anos, lotados na Defensoria Pública da União (DPU) no Recife há mais de dez anos, concluíram recentemente o curso de Direito, influenciados pelo dia a dia vivenciado no órgão. Considerados como idosos na forma da lei, ressaltam a importância do trabalho realizado pela defensoria na decisão de retomar os estudos em uma fase mais madura da vida.

Josenilda Barboza de Melo é do Ministério da Agricultura, onde ingressou como assistente administrativo, cargo de nível médio. Ela trabalhou 12 anos no extinto Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. (BNCC) e foi demitida no governo Collor, em 1990. Na época da demissão, Josenilda cursava Geografia na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), mas precisou abandonar o curso.

Ela regressou ao serviço público em 2008 e, em 2010, teve a oportunidade de começar a trabalhar na DPU, passando pelos setores de Atendimento ao Público, Distribuição, Secretaria de Processos Previdenciários e Assessoria Jurídica do 2º Cartório. “Quero agradecer a importância de cada um que contribuiu para o meu crescimento na DPU: colegas, estagiários e defensores. Registro, ainda, a oportunidade oferecida para atualização em cursos oferecidos pelo órgão”, destacou a servidora.

Francisco de Assis Ferreira da Silva entrou no serviço púbico em 1994, no Ministério da Educação, lotado na extinta Delegacia de Educação em Pernambuco (DEMEC/PE), no cargo de motorista. Em 1995 iniciou o curso superior de Pedagogia e, em 1997, foi requisitado pela Advocacia-Geral da União (AGU). Em 2002, fez pós-graduação em Administração Escolar e, em 2007, foi requisitado pela DPU no Recife, passando pelos seguintes setores – Cartório, Distribuição, Núcleo Criminal e Secretaria Regional. “Está sendo uma experiência ímpar. Fui a todo instante auxiliado pelos defensores, no sentido das práticas vivenciadas e dos trabalhos executados”, disse o servidor. 

Josenilda de Melo formou-se em Direito no segundo semestre de 2019 e Francisco de Assis Ferreira da Silva no segundo semestre de 2020, tendo a colação de grau ocorrido na primeira quinzena de janeiro de 2021. Para Francisco, o sonho de fazer Direito se fortaleceu com o trabalho na AGU e DPU, que têm atuações opostas. “Acredito ter evoluído muito no que se refere ao atendimento dos mais necessitados. Vejo que estamos longe do ideal, mas também tenho a certeza que o corpo profissional de excelência faz a diferença, mesmo com a diminuição dos recursos orçamentários do órgão”, explicou.

Para ela, também houve influência da DPU na decisão em retomar os estudos e ingressar na área de Direito, uma vez que se adaptou à linguagem e ao conhecimento jurídico dentro das suas atribuições.” O curso me deu um crescimento profissional com a segura oportunidade de dedicação ao próximo. Fazer o bem sendo remunerada é gratificante, pois a DPU nos proporciona isso com sua missão. É um grande desafio, um exercício quase que diário de superação de limites e aprendizados constantes. Aprendemos ainda a lidar com improviso no ano de 2020, com a pandemia, incluindo o trabalho remoto em nossas atividades, e com as dificuldades de acessibilidade tecnológica, inerentes aos nossos assistidos”, afirmou.

ACAG/MCA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

 

https://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/60464-atuacao-na-dpu-influencia-formacao-de-servidores-na-area-de-direito