Os servidores requisitados Francisco de Assis Ferreira da
Silva, 60 anos, e Josenilda Barboza de Melo, 70 anos, lotados na Defensoria
Pública da União (DPU) no Recife há mais de dez anos, concluíram recentemente o
curso de Direito, influenciados pelo dia a dia vivenciado no órgão.
Considerados como idosos na forma da lei, ressaltam a importância do trabalho
realizado pela defensoria na decisão de retomar os estudos em uma fase mais
madura da vida.
Josenilda Barboza de Melo é do Ministério da Agricultura, onde ingressou como
assistente administrativo, cargo de nível médio. Ela trabalhou 12 anos no
extinto Banco Nacional de Crédito Cooperativo S.A. (BNCC) e foi demitida no
governo Collor, em 1990. Na época da demissão, Josenilda cursava Geografia na
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), mas precisou abandonar o curso.
Ela regressou ao serviço público em 2008 e, em 2010, teve a oportunidade de
começar a trabalhar na DPU, passando pelos setores de Atendimento ao Público,
Distribuição, Secretaria de Processos Previdenciários e Assessoria Jurídica do
2º Cartório. “Quero agradecer a importância de cada um que contribuiu para o
meu crescimento na DPU: colegas, estagiários e defensores. Registro, ainda, a
oportunidade oferecida para atualização em cursos oferecidos pelo órgão”,
destacou a servidora.
Francisco de Assis Ferreira da Silva entrou no serviço púbico em 1994, no
Ministério da Educação, lotado na extinta Delegacia de Educação em Pernambuco
(DEMEC/PE), no cargo de motorista. Em 1995 iniciou o curso superior de
Pedagogia e, em 1997, foi requisitado pela Advocacia-Geral da União (AGU). Em
2002, fez pós-graduação em Administração Escolar e, em 2007, foi requisitado
pela DPU no Recife, passando pelos seguintes setores – Cartório, Distribuição,
Núcleo Criminal e Secretaria Regional. “Está sendo uma experiência ímpar. Fui a
todo instante auxiliado pelos defensores, no sentido das práticas vivenciadas e
dos trabalhos executados”, disse o servidor.
Josenilda de Melo formou-se em Direito no segundo semestre de 2019 e Francisco
de Assis Ferreira da Silva no segundo semestre de 2020, tendo a colação de grau
ocorrido na primeira quinzena de janeiro de 2021. Para Francisco, o sonho de
fazer Direito se fortaleceu com o trabalho na AGU e DPU, que têm atuações
opostas. “Acredito ter evoluído muito no que se refere ao atendimento dos mais
necessitados. Vejo que estamos longe do ideal, mas também tenho a certeza que o
corpo profissional de excelência faz a diferença, mesmo com a diminuição dos
recursos orçamentários do órgão”, explicou.
Para ela, também houve influência da DPU na decisão em retomar os estudos e
ingressar na área de Direito, uma vez que se adaptou à linguagem e ao
conhecimento jurídico dentro das suas atribuições.” O curso me deu um
crescimento profissional com a segura oportunidade de dedicação ao próximo.
Fazer o bem sendo remunerada é gratificante, pois a DPU nos proporciona isso
com sua missão. É um grande desafio, um exercício quase que diário de superação
de limites e aprendizados constantes. Aprendemos ainda a lidar com improviso no
ano de 2020, com a pandemia, incluindo o trabalho remoto em nossas atividades,
e com as dificuldades de acessibilidade tecnológica, inerentes aos nossos
assistidos”, afirmou.
ACAG/MCA
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União
https://www.dpu.def.br/noticias-pernambuco/60464-atuacao-na-dpu-influencia-formacao-de-servidores-na-area-de-direito