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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Quilombo Ilha de Mercês é visitado por grupo de trabalho interinstitucional


Grupo de trabalho interinstitucional – formado por representantes da Defensoria Pública da União (DPU) no Recife, do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) – visitou a comunidade quilombola Ilha de Mercês, localizada no município de Ipojuca, no dia 29 de abril. A iniciativa tinha dois objetivos: visitar dois bloqueios feitos pelo Porto de Suape que estão ocasionando danos para os moradores e ouvir a comunidade.

A equipe interinstitucional é formada pelo defensor regional de Direitos Humanos em Pernambuco (DRDH/PE), André Carneiro Leão; pela procuradora da República, Ana Fabíola de Azevedo Ferreira; pela promotora de justiça de Ipojuca, Bianca Stella Azevedo; pela promotora de justiça do Cabo de Santo Agostinho, Alice Morais; e pela procuradora de justiça Maria Bernadete Azevedo Figueiroa.

O grupo, inicialmente, visitou duas construções feitas pelo Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros, conhecido como Porto de Suape, que estão provocando danos sociais na comunidade quilombola. A maior delas é uma pista no encontro do rio com o mar que veta a vazão da maré e prejudica a pescaria na região de mangue. Segundo os moradores, esse fechamento do rio fez com que a água, que era cristalina, ficasse turva, prejudicando a pesca de camarão e ostra na região, além de vetar o acesso dos pescadores para o mar.

Após a visita dos dois bloqueios, o grupo se reuniu com a comunidade para tratar, dentre outros assuntos, de uma tentativa de conciliação entre 14 famílias que fizeram acordos com Suape, foram indenizadas para deixar suas casas mas estão querendo retornar, com o restante da comunidade que não aceitou nenhum acordo e permaneceu no quilombo.

Segundo o defensor André Carneiro Leão, o grupo de trabalho vai enviar um ofício para que Suape possa desobstruir o bloqueio mais simples com a maior brevidade possível e estudar quais os procedimentos que podem ser executados para a desobstrução da barragem maior.

ACG/MGM
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União